Douglas Henrique de Oliveira Sousa, de 21 anos, morreu na noite desta quarta-feira, em Belo Horizonte, depois de ter caído de um viaduto durante a manifestação que antecedeu o jogo entre Brasil e Uruguai, pela Copa das Confederações. Segundo o hospital João XXIII, ele não sobreviveu a uma cirurgia depois de ter sofrido um trauma cranioencefálico com a queda.

O jovem ficou gravemente ferido após sofrer a queda durante a manifestação levou cerca de 50 mil pessoas para o entorno do Mineirão nesta quarta-feira. Ele foi resgatado com vida e levado de helicóptero para o hospital João XXIII. Segundo um dos bombeiros que fez o primeiro atendimento, o homem estava com exposição de massa encefálica.

Imagens da GloboNews mostraram um grupo de cerca de dez bombeiros fazendo o resgate de Douglas logo após a queda, e outros manifestantes criaram um cordão para facilitar a locomoção.

De acordo com a Polícia Militar, 18 pessoas foram feridas. Já no ambulatório do Mineirão, foram atendidas oito pessoas. Cinco delas tiveram problemas na manifestação. Foi confirmado que outra pessoa caiu do viaduto, mas teve um ferimento leve no pescoço. Outros três estão com dificuldades respiratórias por conta das bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

O protesto saiu da praça Sete de Setembro e seguiu de forma pacífica pela avenida Presidente Antônio Carlos por cerca de nove quilômetros. Quando o grupo chegou ao cruzamento com a Antônio Abrahão Caram, principal acesso ao estádio, houve o primeiro confronto.

O confronto foi provocado pelo grupo de vândalos, que usou pedras e garrafas para agredir os policiais, que responderam com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Antes de qualquer confronto, a Polícia Militar de Belo Horizonte deteve 13 manifestantes. Cinco foram abordados na região da rodoviária da capital, por portar objetos perigosos. Outros oito foram presos por depredar um supermercado. As informações foram passadas pelo Tenente Coronel Alberto Luiz à reportagem do UOL Esporte.

"Nós queremos usar a palavra e evitar o confronto, mas não está adiantando. Hoje ficou claro que é uma pequena minoria, mas que está contagiando as outras pessoas. A polícia está usando os meios necessários para reagir às injustas agressões dos vândalos", disse o Tenente Coronel Alberto Luiz.