Derrota para o Brasil vira inspiração da Itália contra Espanha: "muitos desistiriam"

José Ricardo Leite

Do UOL, em Fortaleza (CE)

  • Julio Cesar Guimaraes/UOL

    Cesare Prandelli, técnico da Itália, observa treino da equipe no Castelão

    Cesare Prandelli, técnico da Itália, observa treino da equipe no Castelão

Desfalcada de seu melhor jogador e com atuações pouco convincentes na Copa das Confederações, a Itália vê no duelo contra a Espanha, pela semifinal da Copa das Confederações, nesta quinta-feira, em Fortaleza, um cenário de amplo favoritismo para o rival.

Além de não poder contar com o cortado Balotelli, a tetracampeã mundial desperta desconfiança por ter sofrido oito gols em três jogos e ter um recorde negativo de tentos levados em competições internacionais.

Para piorar, levou um impiedoso 4 a 0 da Espanha no mais recente encontro com os campeões mundiais, na final da Eurocopa de 2012, em Kiev, na Ucrânia.

Mas isso não desanima o comandante italiano. Curiosamente, como tática motivacional, ele usa uma derrota. Cesare Prandelli se fia no segundo tempo da derrota por 4 a 2 para o Brasil, no último sábado, em salvador.

Na etapa citada pelo técnico, a equipe italiana fez dois gols e levou três. Mas ainda assim vê como uma superação por não ter se intimidado.

"Acho que a seleção demonstrou disposição, determinação e convicção. Quando perdíamos pro Brasil por 3 a 1 em um estádio todo amarelo, muitas seleções teriam desistido, nós não. Mandamos bola na trave e isso assustou o Brasil. Isso nos deixa capazes de achar que podemos mudar qualquer situação", falou o técnico.

Para não dizer que só pensou em uma derrota, Prandelli citou a vitória espanhola sobre a Nigéria, por 3 a 0, ao dizer que o atual campeão mundial mostrou que não é perfeito e deu muitas chances.

O primeiro tempo terminou 1 a 0, e o time africano cansou de perder gols e desperdiçar chances para empatar a partida. O que mostra falhas da Espanha, na visão do treinador.

"Podemos colocá-los em apuros. A Nigéria criou no primeiro tempo quatro boas oportunidades de gol. A Espanha é a melhor, mas devo pensar que eles não são perfeitos, mas que têm momentos de perfeição. Não existem equipes perfeitas", continuou.

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