Prefeitura de Salvador proíbe venda de comida em espeto durante Carnaval e Copa das Confederações

Do UOL, em São Paulo

  • Antonio Gaudério

    Para a Prefeitura de Salvador, os espetinhos de madeira são armas brancas perigosas em grandes eventos

    Para a Prefeitura de Salvador, os espetinhos de madeira são armas brancas perigosas em grandes eventos

A Prefeitura de Salvador decidiu proibir a venda de comidas em espetos de madeira nas ruas durante o Carnaval e a Copa das Confederações, que será realizada em junho deste ano. O motivo, de acordo com as autoridades municipais, o motivo é relacionado à segurança: os espetinhos de madeira podem ser usados como armas brancas em eventuais brigas e confusões.

Segundo a secretária Municipal de Ordem Pública (Semop), Rossema Maluf, casos de agressão com o espetinho de madeira que carrega alimentos como tiras de carne, queijo coalho e algodão doce têm se tornado cada vez mais frequentes em eventos envolvendo grande número de pessoas em Salvador.    

Neste Carnaval, a Semop apreendeu até a noite da última segunda-feira 11.444 armas brancas. Dessas, 10.669 eram espetinhos de madeira. Também foram apreendidas facas, garrafas de vidro, chaves de fenda, barras de ferro, garfos de metal, martelos, tubos de alumínio, tesouras e facões.

No ano passado, uma pessoa ficou tetraplégica ao ser golpeada com um espetinho. Foram registrados três casos de agressão envolvendo espetinhos no primeiro dia de festa em Salvador. Duas vítimas tiveram que ser hospitalizadas.

Se os soteropolitanos não poderão degustar dos alimentos em espeto, outra iguaria das mais tradicionais de Salvador já está garantida tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo de 2014: o acarajé.

Em outubro do ano passado, após anunciar que trabalharia para vetar a venda do acarajé nas imediações da Arena Fonte Nova durante os jogos das competições internacionais, a Fifa voltou atrás e informou que irá permitir que as tradicionais vendedoras de acarajé que trabalham nas ruas e praças esportivas de Salvador possam comercializar o produto livremente durante a Copa.

Pelas regras da entidade, que foram incorporadas à Lei Geral da Copa, é proibida a presença de ambulantes ou qualquer tipo de vendedor em um raio de dois quilômetros dos estádios da Copa, salvo com a devida autorização da Fifa. Assim, inicialmente, a associação que controla o futebol mundial deu a entender que proibiria as baianas de vender seus acarajés, reservando a comercialização de alimentos exclusivamente para seus parceiros.

Posteriormente, porém, a Fifa voltou atrás, quando o Ministério Público da Bahia informou que, se preciso, iria à Justiça para garantir o direito das baianas do acarajé de comercializar o produto nas ruas e estádios de Salvador.

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