Mascote da Copa de 2014, tatu-bola tem risco de extinção elevado e pode sumir em até 50 anos

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Veja

    Fuleco, o tatu-bola mascote da Copa de 2014: aumentou o risco de extinção do mamífero

    Fuleco, o tatu-bola mascote da Copa de 2014: aumentou o risco de extinção do mamífero

Escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014, o tatu-bola pode estar extinto em 50 anos. É o que revela pesquisa do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) com 1.818 espécies brasileiras concluída em outubro deste ano e divulgada na semana passada. No início de 2013, o Ministério do Meio Ambiente deve incluir o Tolypeutes-tricinctus (nome científico do tatu-bola) na lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que classifica os animais em risco de extinção.

De acordo com a escala do IUCN, o símbolo do Mundial do Brasil está em situação "vulnerável". Depois da nova pesquisa, o risco de extinção agora é considerado "muito alto" e o tatu-bola deve ser incluído na categoria "em perigo", a segunda mais grave antes do animal desaparecer. Segundo a pesquisa do ICMBio, a espécie perdeu mais de 50% de seu habitat nos últimos dez anos.

O tatu-bola, que em sua versão como mascote da Copa foi batizado de Fuleco, vive na caatinga e no cerrado. Para a Associação Caatinga, ONG que fez campanha para a escolha do tatu-bola como mascote do Mundial, a exposição do mamífero com a Copa de 2014 pode ajudar a salvá-lo da extinção.

A associação criou a campanha "Tatu-bola e a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 - juntos marcando um gol pela sustentabilidade", apresentada para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em setembro. Os objetivos são conhecer melhor a espécie, identificar as áreas prioritárias para a conservação e promover a preservação do habitat.

O tatu-bola existe apenas no Brasil e possui este nome porque é capaz de se enrolar inteiro no formato de uma bola quando é ameaçado. De hábito noturno, alimenta-se de formigas, cupins, aranhas e frutas. Além da destruição da caatinga e do cerrado, outro fator que contribui para a situação de risco que vive hoje o tatu-bola é a caça predatória.

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