Últimos técnicos da seleção brasileira vivem sem trabalho e em meio a especulações
Paulo Passos e Renan Prates
Do UOL, em São Paulo *
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Eduardo Knapp/Folhapress
Felipão se esquiva se voltará à seleção brasileira
Falcão, Parreira, Zagallo, Leão, Scolari, Dunga e Mano Menezes têm em comum, além da experiência da passagem pela seleção brasileira, o fato de estarem livres no mercado. Técnicos do Brasil nas últimas duas décadas, todos estão desempregados.
O último deles a vencer uma Copa, Felipão, é o mais cotado para assumir novamente o posto. Ele, além de Mano Menezes e Dunga, foram sondados pela direção do Internacional para assumir o clube. O último, ex-jogador do time, é que deve ser o novo treinador colorado.
A única exceção à esta regra é o técnico Vanderlei Luxemburgo, que conduziu o Grêmio para a Libertadores de 2013 e renovou o seu contrato com o time gaúcho por mais duas temporadas.
Sinal de prestígio, a passagem pela seleção nem sempre é garantia de bons convites. Falcão chegou a ficar mais de 10 anos sem trabalhar como técnico. Voltou a exercer a função no ano passado, mas não conseguiu completar uma temporada no Inter, em 2011, e no Bahia, neste ano.
"Não vejo relação com o fato de os treinadores estarem desempregados. É um fluxo normal do futebol. Óbvio que um técnico fica mais valorizado após passar pela seleção brasileira. O Felipão teve sucesso depois que saiu da seleção, o Dunga teve propostas. O Parreira optou por não comandar mais da beira do campo, Zagallo também. É uma coisa natural de qualquer profissão", afirmou Antônio Lopes, que trabalhou na seleção com Felipão em 2002.
Outro campeão mundial, Carlos Alberto Parreira já anunciou que não pretende mais atuar como treinador. Seu último trabalho foi á frente da seleção da África do Sul na Copa de 2010. Porém, ele admite voltar a trabalhar diretamente com futebol, até mesmo na CBF.
"Eu não estou me candidatando a nada. Nunca fiz isso. Sempre fui convidado, recebi propostas. Mas se quiserem que eu ajude, com a experiência que eu tenho, seja no campo ou fora dele, eu estou à disposição", disse o comandante do tetracampeonato.
* Colaboraram Gustavo Franceschini e Vinicius Castro