O diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, disse aos jornalistas que o assessor de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva, também seria demitido. Mas em contato com o UOL Esporte, ele comunicou que segue seu trabalho e conta com o apoio do presidente José Maria Marin, em clara mostra de que a cúpula bateu cabeça sobre o fato.

Rodrigo Paiva contou que tanto o presidente Marin quanto o vice Marco Polo del Nero, que também acumula o cargo de mandatário da Federação Paulista de Futebol, reforçaram o apoio ao seu trabalho e comunicaram que ele segue até o fim do atual mandato em 2014.

Andrés explicou em coletiva de imprensa na FPF que participou da reunião com Marin e Del Nero na sede da entidade onde ficou definido que Mano seria demitido. Mas os três saíram com opiniões divergentes em relação a Rodrigo Paiva.

O episódio envolvendo o 'vai e volta' de Rodrigo Paiva mostra a falta de sintonia entre Andrés Sanchez e a dupla formada por Marin e Del Nero. Para piorar o quadro, o diretor de seleções admitiu que foi voto vencido sobre a saída de Mano Menezes.

Mesmo cada vez mais fora do planejamento da CBF, Andrés Sanchez se recusa a pedir demissão do seu cargo. Ele não se colocou a disposição para sair, mas também não garantiu que fica até o final da Copa do Mundo de 2014. "Não estou nesse contexto [da demissão]. Mas lá na frente a gente vai conversar".

Rodrigo Paiva assumiu o cargo de assessor de imprensa da CBF em 2001, junto com o técnico Luiz Felipe Scolari. Com o tempo, ele ganhou poderes e passou até a ser integrante da comissão técnica no banco de reservas.