Copa das Confederações adia prazo-limite para estádios e Maracanã vira maior desafio

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • AFP PHOTO /VANDERLEI ALMEIDA

    Maracanã segue em obras; estádio tem cronograma apertado e é o maior desafio da organização

    Maracanã segue em obras; estádio tem cronograma apertado e é o maior desafio da organização

O limite para entrega dos estádios da Copa das Confederações foi adiado de fevereiro para abril e, com isso, a Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) conseguiram anunciar o torneio com seis sedes. Só que agora, com Recife já incluído, o Maracanã passa a ser o maior desafio da organização, já que o estádio que receberá as maiores exigências também convive com um cronograma apertado.

Foi a segunda mudança na data-limite para estádios da Copa das Confederações. O prazo inicial era dezembro, mas só Fortaleza e Belo Horizonte vão cumpri-lo. Depois, essa data foi repassada para 28 de fevereiro. Agora, para incluir seis sedes, passou para 15 de abril.

No caso do Maracanã, a data de entrega ainda é uma incógnita, embora esteja prevista para o meio de abril, o que cumpriria o novo prazo.

"Não tem prazo. Se você souber o prazo me fala. Tem umas questões da construtora com a cobertura. Não tem data certa, mas estimamos para meados de abril, 15 ou 20 de abril", disse Carlos de la Corte, consultor de estádios do COL, quando perguntado sobre quando o Maracanã será entregue.

O último prazo para o estádio carioca era 28 de fevereiro. No começo deste mês, no entanto, o Governo do Rio de Janeiro lançou um novo edital que licitará a construção de bilheterias e instalação de catracas. Em um primeiro momento, somente essas obras específicas ficariam para abril, enquanto a cobertura e as arquibancadas seguiriam previstas para fevereiro.

Em alguns dias, no entanto, a previsão mudou, e agora nem o governo estadual nem o COL se arrisca a fazer uma projeção mais precisa. Por ser o estádio da final da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã é uma obra bem mais complexa do que as outras.

"Maracanã tem peculiaridades. Isso porque a construção envolve quatro contratos diferentes. Uma é do estádio em si, a outra é da parte dentro dos muros, há a área de hospitalidade e o entorno. É um desafio a mais", afirmou De La Corte.

Além disso, também deve, no entendimento do COL, ser o único dos seis estádios da Copa das Confederações a sofrer com o clima. O tempo pode ser um dos fatores a atrapalhar a obra, mas está longe de ser o único.

"As variações acontecem por fluxo de caixa, problemas com a alfândega, problemas na instalação da cobertura", disse De la Corte. Esse fatores valem para quatro arenas, excluídos Fortaleza e Belo Horizonte.

O COL faz um monitoramento de 43 itens relacionados ao estádios e estabelece um prazo para cada um deles. A data de abril, para entrega definitiva da arena, inclui a data para testes das praças esportivas, o que chamam de comissionamento.

"Essa áreas são gigantescas. Não é uma obra comum. Tem que haver testes", definiu De La Corte.

Copa das Confederações
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