Governo planeja capacitar 40 mil agentes de segurança até a Copa
Rodrigo Durão Coelho
Do UOL, em São Paulo
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Júlio Guimarães/UOL
Cães da polícia do Rio aprendem técnicas francesas de treinamento em intercâmbio promovido pela PM
A meta do governo federal é capacitar cerca de 40 mil integrantes das forças de segurança até 2014, como parte do legado permanente deixado após a Copa do Mundo, segundo apurou o UOL Esporte.
De acordo com o cronograma da Sesge(Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos), responsável pela coordenação de esforços entre instituições federais e locais, em 2012, os gestores estão sendo treinados. A ênfase nesta primeira fase é que estes coordenadores assimilem experiências de colegas estrangeiros, em particular integrantes de forças de segurança britânicos, alemães e americanos.
No ano que vem, o treinamento abrange também os operadores e, até 2014 todos eles seriam testados em simulações. A Sesge pretende que um dos principais benefícios na área deixados para a população após o torneio seja a integração destas diferentes forças de segurança.
Para isto está sendo preparada a unificação dos protocolos operacionais. Atualmente cada força de segurança tem um e a unificação evitaria o retrabalho, falta de ação ou mesmo eventuais divergências entre estas forças.
A partir do começo do ano que vem, este protocolo unificado será testado, primeiro com os coordenadores que planejarão respostas para situações hipotéticas. A segunda fase é envolver estas diferentes forças de segurança em uma simulação em local confinado, como um estádio. O terceiro estágio para o aprimoramento do protocolo é a simulação em ruas.
Equipamentos
Estão em fase de construção os Centros Integrados de Comando e Controle (CICC). Estes, ao receber informações de diversas fontes, como, bombeiros, defesa civil e das diferentes polícias, além de ter acesso a seus bancos de dados distintos, podem coordenar repostas mais rápidas e eficientes a problemas ocorridos na cidade.
São 14 os CICC, 12 para cada uma das cidades sede, mais um nacional, em Brasília e um de back up, no Rio de Janeiro. As obras de vários destes centros estão atrasadas e os orçamentos foram revistos para cima. Cada cidade sede contará ainda com dois centros móveis, em ônibus ou caminhões. São Paulo, Rio e Belo Horizonte terão três destas unidades, que podem ser usadas para eventos em locais distantes.
Outras tecnologias que devem ser adquiridas até o Mundial são as plataformas elevadas que permitem que policiais tenham melhor visão em locais de aglomerações, delegacias móveis, tecnologias menos letais para enfrentamento e a aquisição de kits para desmantelar bombas.
As fronteiras devem contar também com bancos de dados mais completos, contendo informações da Interpol – a polícia internacional - que hoje só são disponíveis no escritório central da entidade em Brasília.