A Fifa divulgou, nesta quarta-feira, que torcedores que possuírem ingressos para partidas da Copa do Mundo de 2014, mas que não forem utilizá-los, poderão vender as entradas pela internet. A medida foi tomada pela entidade máxima do futebol para evitar que espaços vazios chamem a atenção nas arquibancadas dos estádios durante a competição, e será testada durante a Copa das Confederações de 2013.

A venda online será permitida durante a Copa. A ideia surgiu após as Olimpíadas de Londres e da Eurocopa deste ano, disputada na Polônia e na Ucrânia, em que espaços nas arquibancadas foram vistos em partidas que os organizadores divulgaram que os ingressos estavam esgotados.

Além de tentar evitar que muitos torcedores que desejem obter entradas para essas partidas fiquem de fora, o outro objetivo é que as imagens transmitidas pela televisão para todo o mundo não mostrem esses espaços vazios, o que poderia prejudicar a imagem do torneio do lado comercial.

Porém muitos desses ingressos não utilizados são aqueles distribuídos para patrocinadores. A Fifa anunciou, por meio do diretor de marketing da entidade, Thierry Weil, que as empresas que receberem ingressos serão cobradas a respeito de quem usará as entradas.

Segundo Weil, o desejo é de que os patrocinadores deixem claro quem estará nos estádios e quem não, para que os ingressos que sobrarem sejam realocados. "Os vazios são um grande problema para o lado comercial", afirmou, em coletiva.

De acordo com o diretor, o mais comum é que as entradas sobrem nas mãos de torcedores de outros países que compram mas não viajam, ou de fãs de países eliminados ainda na primeira fase, mas que compraram antecipadamente ingressos para jogos do mata-mata.

A venda online de ingressos que não serão utilizados por quem os comprou já é uma medida tomada por alguns clubes europeus.

Os valores dos ingressos para a Copa de 2014 devem ser divulgados no mês de novembro deste ano. Existe uma pressão para que entradas a preços populares sejam disponibilizadas. "O objetivo é dar acesso ao torneio a todos os brasileiros", completou Weil.