Ingressos subsidiados e apelos por apoio não poupam seleção de vaias

Paulo Passos e Renan Prates

Do UOL, em Goiânia

  • Renan Prates/UOL

    Placar do Serra Dourada pediu 'carinho' e 'abraço' à torcida brasileira antes de jogo contra a Argentina

    Placar do Serra Dourada pediu 'carinho' e 'abraço' à torcida brasileira antes de jogo contra a Argentina

Após ouvir um hino cantado em coro no Serra Dourada e gritos de apoio, a seleção brasileira voltou a conviver com a impaciência do torcedor em casa. Em Goiânia, o público que quase lotou o estádio não poupou o técnico do time durante a vitória por 2 a 1 sobre a Argentina. Mais da metade dos ingressos foram subsidiados pelo governo do Estado de Goiás, que gastou R$ 2 milhões com a medida. As autoridades também promoveram uma campanha de apoio ao time de Mano Menezes.  

Porém, o que mais se ouviu nos minutos finais da partida foram vaias, pedidos por Felipão, demitido do Palmeiras na semana passada, e xingamentos a Mano Menezes. Cenário bem diferente do início do jogo. Só o gol de Neymar, em cobrança de pênalti no último minuto do jogo, encerrou as vaias.

Antes de a bola rolar, o estádio em coro cantou o hino nacional. Nos primeiro minutos da partida, os torcedores apoiaram os jogadores sem restrição. Dribles raros eram comemorados como gols. Nem o 1 a 0 para a Argentina alterou a empolgação. Os goianos apoiaram o time mesmo depois do gol. O empate logo depois deu mais ânimo aos fãs.

No início do segundo tempo, entretanto,  o clima nas arquibancadas esfriou. Com o jogo morno em campo, poucos foram os cantos da torcida. O barulho dos tambores da minúscula torcida argentina abafava a maioria brasileira no Serra Dourada.

Um drible de Lucas em dois argentinos na lateral do campo foi o que mais empolgou a torcida, que já se estava entretida com a "ola". A troca do são paulino por Wellington Nem originou a primeira demonstração de impaciência dos goianos. Mano Menezes foi chamado de "burro". Depois, ouviu o já conhecido "adeus, Mano" e um novo grito das arquibancadas, que foi o pedido por Luiz Felipe Scolari. 

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