Obras do Beira-Rio causam transtornos, mas Inter não planeja fechar o estádio
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
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Edu Andrade/Agência Freelancer
Reforma tem alterado cotidiano com poeira, barulho mas Inter pede compreensão com o Beira-Rio
Há quase oitenta dias em obras, o Beira-Rio chegou a um ponto de sua reforma onde as ações influenciam bastante na rotina do Internacional. Mais do que os operários, são as máquinas e as demolições que alteram o dia a dia. Mesmo assim, a diretoria do Colorado e a construtora Andrade Gutierrez não planejam fechar o estádio. O que obrigaria o time a jogar em outro local.
LUIGI DÁ SUA PALAVRA: JOGOS SEMPRE OK
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Presidente do Inter, Giovanni Luigi garante que o estádio não terá transtornos em dias que receber partidas. "A construtora vai limpar o pátio e deixar o estádio nas melhores condições possíveis. O torcedor vai ter toda a segurança para acessar o estádio sem problemas", disse o dirigente gaúcho
Nesta terça, em virtude da demolição da arquibancada inferior, localizada no antigo setor denominado de social, a energia elétrica da sala de imprensa foi desligada. O que obrigou a assessoria do clube a improvisar a entrevista coletiva do meia D'Alessandro na entrada do vestiário.
Durante o treinamento, operários plantavam grama na saída do túnel provisório que dará acesso ao campo. No meio do plantio, passaram jogadores e comissão técnica. O goleiro Muriel e o zagueiro Bolívar foram os mais curiosos com a situação atípica.
De todas as mudanças recentes, porém, a que mais tem causado dor de cabeça é a zona de imprensa para transmissão dos jogos. Sem as cabines, a Andrade Gutierrez ergueu dois pavilhões colados no banco de reservas do visitante. Em uma estrutura mais alta, mas que mesmo assim não tem visão ampla do gramado, ficarão narradores e comentaristas de rádio.
Em outra construção, quase no nível do gramado, e bem na ponta esquerda do campo – junto ao local da bandeirinha de escanteio, ficarão os profissionais denominados de imprensa escrita. Repórteres de jornais impressos e veículos online.
"Nós teremos momentos em que, eventualmente, todos terão que ter compreensão. Nos dias de jogo, teremos todas as condições para trabalhar normalmente", assegurou o presidente do Inter, Giovanni Luigi, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Além de discursar defendendo seu estádio, o Internacional tem que responder ao Ministério Público. No final de maio, a Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre entrou com uma ação para proibir a realização de eventos no Beira-Rio até o fim das obras. O clube, e a construtora Andrade Gutierrez, terão até a próxima semana para se manifestar oficialmente sobre o pedido de interdição do estádio.