Alcaraz (Paraguai): 24,7 bolas Mensah (Gana): 23,3 Friedrich (Alemanha): 19,8 Van Bommel (Holanda): 18,8 Fucile (Uruguai): 18,7 Mascherano (Argentina): 17,7 Juan (Brasil): 17,5 Puyol e Piqué (Espanha): 15,8 *dados do Datafolha |
Juan e Lúcio formam uma das duplas de zaga mais respeitadas no mundo. Têm como referência o futebol europeu e sua tradicional organização tática, sua segurança defensiva. No entanto, os papéis se inverteram na Copa. A defesa do Brasil, assim como a dos vizinhos sul-americanos, superou o padrão europeu. Nesta sexta-feira, diante da Holanda, a seleção inaugura a série de três partidas decisivas entre as duas “escolas”.
O Brasil abre as quartas de final contra os holandeses em Port Elizabeth. No dia seguinte, a Argentina pega a Alemanha na Cidade do Cabo e o Paraguai encara a Espanha em Johanesburgo. Serão três confrontos decisivos e uma ampla vantagem defensiva dos sul-americanos em jogo. O único encontro que não opõe as duas escolas é Uruguai e Gana, também na sexta-feira.
Em média, o bloco da Conmebol tomou metade dos gols dos rivais da Uefa. As cinco seleções sul-americanas, juntas, sofreram 11 gols em 20 jogos, média de 0,55 por partida. Já os 13 europeus foram vazados 46 vezes em 45 jogos, média de 1,02 por duelo. Quase o dobro.
“O que a gente procura fazer é não sair desorganizado para o ataque e evitar dar os contragolpes para os adversários. Tentamos ser organizados e atacar sempre com segurança, como fazem os times europeus, difíceis de serem superados”, comentou Juan, elogiando o estilo do Velho Continente.
A reverência é justa pela tradição europeia de, antes dos demais, valorizar tanto o sistema defensivo e adotar a marcação total. Mas no Mundial da África do Sul os aprendizes superaram os especialistas. Foi-se o tempo em que os sul-americanos partiam com tudo para o ataque e mostravam menos preocupação em defender.
Das oito seleções classificadas às quartas de final, as duas melhores defesas são de Uruguai e Paraguai: cada uma sofreu apenas um gol. O Brasil aparece logo atrás empatado com outras quatro equipes, mas conta com o setor defensivo mais respeitado atualmente.
Julio Cesar, Maicon e Lúcio ganharam tudo que disputaram com a Inter de Milão na última temporada. Juan também foi bem pela Roma. Mais que isso, Lúcio e Juan, juntos, foram um dos poucos destaques da seleção em 2006. Brilharam na última Copa e mantiveram a condição de titulares desde então sem questionamentos.
Apontados por muitos como a melhor zaga do mundo, Juan e Lúcio preferem adotar o discurso coletivo que marca o grupo formado por Dunga. “Não pensamos em ser os melhores do mundo nem melhores que ninguém, só queremos ajudar. O êxito do nosso trabalho se deve também à ajuda dos nossos companheiros”, disse Juan.
O camisa 4, inclusive, é o maior ladrão de bolas da seleção: 17,5 por jogo, segundo o Datafolha. De acordo com os dados da Fifa, ele aparece em primeiro lugar de desarmes na Copa, empatado com outros seis jogadores. Nesta sexta-feira, a missão de Juan, Lúcio e companhia é parar o perigoso ataque holandês, repetindo o que fizeram com Portugal e Chile nos últimos dois jogos.
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