28/06/2010 - 13h02

Menos badalado entre técnicos de seleções africanas, Rajevac comemora feito

Das agências internacionais
Em Rustemburgo (África do Sul)

Um treinador desconhecido para a maioria antes da Copa do Mundo, o sérvio Milovan Rajevac deixou para trás as dúvidas que acompanharam sua escolha como treinador de Gana, conduzindo a equipe a um resultado histórico com a classificação para as quartas de final, em que enfrentará o Uruguai.

Enquanto Gana apostou em Rajevac, outras seleções apostaram em nomes conhecidos internacionalmente para suas seleções, com o sueco Sven-Goran Eriksson assumindo a Costa do Marfim, o francês Paul Le Guen no comando de Camarões, Carlos Alberto Parreira à frente da anfitriã África do Sul e finalmente o sueco Lars Lägerback treinando a Nigéria.

Mas o único a obter a classificação para as oitavas de final foi Milovan Rajevac, que conseguiu ir além com a vitória sobre os Estados Unidos na prorrogação. O resultado, como não poderia deixar de ser, é um motivo de orgulho para o treinador.

“Pela primeira Gana chegou até esse ponto. Temos feito muito nos últimos anos, trazido jovens à seleção. Estou muito contente e orgulhoso pelo que temos feito”, afirmou Rajevac ao jornal sérvio Blic.

O treinador revela que ficou surpreso com a resistência dos jogadores ganenses contra a seleção dos Estados Unidos, quando sua equipe sofreu o empate e conseguiu segurar a equipe adversária na prorrogação após marcar o segundo gol.

“De todas as seleções, os norte-americanos são os que mais podem correr, são os melhores preparados na questão física. No segundo tempo nos pressionaram e não nos deixaram respirar. Quando empataram pensei que seria difícil resistir, mas conseguimos nos recuperar e depois do brilhante gol de Asamoah Gyan tudo se voltou a nosso favor”, afirmou o treinador.

No comando da seleção de Gana, Milovan Rajevac precisou contornar uma possível crise e, ao contrário do ocorrido em seleções mais famosas, os jogadores ganenses souberam entender o treinador, que quase dispensou Sulley Muntari.

“Muntari chegou aqui como a grande estrela, não é pouca coisa jogar na Inter de Milão. Depois da partida com a Austrália, murmurou algo que eu não havia entendido e me traduziram que não estava contente. Eu estava decidido a lhe expulsar e dizer ao presidente que não precisava dele. Mas logo o presidente falou com ele e Muntari pediu desculpas a todos”, afirmou o treinador, que conquistou o respeito dos comandados.

“Milovan é o homem do momento. Os que reprovaram sua falta de experiência africana se equivocaram”, afirma o experiente Stephen Appiah.

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