Cacau é um dos símbolos da "geração estrangeira" da Alemanha na Copa do Mundo |
Cacau: atacante, negro, nascido em Santo André, no Brasil, se naturalizou alemão em 2009. |
Aogo: nascido na Alemanha, o filho de pai nigeriano e mãe alemã, escolheu a Alemanha. |
Boateng: nascido na Alemanha, o filho de pai ganense e mãe alemã, escolheu a Alemanha. |
Khedira: volante é filho de pai tunisiano e mãe alemã, mas nasceu e sempre viveu na Alemanha. |
Klose: nascido na Polônia, se mudou com os pais para a Alemanha e escolheu defender o país. |
Marin: nasceu na Bósnia, mas mudou-se com seus pais para a Alemanha para fugir da guerra. |
Ozil: filho de turcos, nasceu na Alemanha e sempre atuou por seu país-natal. |
Podolski: rejeitado pela seleção da Polônia, seu país-natal, passou a jogar pela Alemanha. |
Tasci: nascido na Alemanha, o filho de turcos escolheu a Alemanha para jogar. |
Trochowski: nascido na Polônia, mudou-se com os pais para a Alemanha aos 5 anos. |
A Alemanha foi protagonista em uma das histórias mais tristes da humanidade, o nazismo, e luta desde então para livrar-se dessa herança. Hoje, 65 anos depois da Segunda Guerra, o país torce por uma seleção recheada de estrangeiros naturalizados ou alemães com ascendência, e reforça a imagem de nação multirracial, agora com Cacau como titular pela primeira vez na Copa.
A dupla de ataque do time titular de Joachim Low, Klose e Podolski, por exemplo, nasceu na Polônia, assim como o reserva Trochowski. Marin, que também é opção no banco de reservas, é bósnio, mas mudou-se para a Alemanha quando criança por conta da guerra em sua terra natal, e adotou a nova pátria.
Até o Brasil participa desta mistura. O atacante Cacau nasceu em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. Negro, ele conseguiu seu passaporte alemão no início de 2009, após ter construído praticamente toda a sua carreira no campeonato local, atuando com destaque pelo Stuttgart.
Além deles, Aogo, Boateng, Khedira, Ozil e Tasci também não são alemães característicos. Os três primeiros têm pais nigerianos, ganenses e tunisianos, respectivamente. Já os dois últimos têm familiares na Turquia.
Idealizado por Adolf Hitler, o nazismo existiu na Alemanha entre 1933 e 1945 e teve como marcas o antissemismo, racismo e totalitarismo em um governo de extrema direita. Cerca de 11 milhões de pessoas foram mortas no regime nazista
O cenário mostra a evolução do país, marcado negativamente pelo nazismo de Adolf Hitler. A eugenia discriminava negros, judeus, homossexuais e estrangeiros, que sofreram durante a Segunda Guerra Mundial com a perseguição do “Führer”, como era conhecido o líder alemão.
Estima-se que o processo de eliminação em campos de concentração tenha vitimado cerca de 6 milhões de pessoas, tanto na Alemanha quanto em territórios anexados.
O país sobreviveu ao nazismo, atravessou a Guerra Fria (que dividiu a Alemanha em lados capitalista e socialista) e hoje se orgulha de ser cosmopolita. ““É um exemplo de como podem surgir formas de conduta, que servem de modelo para o nosso país. Tanto para aqueles que são de origem alemã como para os que desejam se integrar”, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel.
A miscigenação, no futebol, não é inédita. Em 2002, Gerald Asamoah, ganense naturalizado, tornou-se o primeiro negro a atuar pela Alemanha em Copas do Mundo. Paulo Rink e Kuranyi, brasileiros de nascimento, também já passaram pelo time germânico.
Desta vez, porém, a reunião de “estrangeiros” já não é somente uma exceção. O grupo já representa, atualmente, quase metade do elenco de Joachim Low, e carrega consigo o carimbo de geração mais talentosa do país desde o início dos anos 1990. Coincidentemente, período em que a Alemanha começou a abrir suas fronteiras com a queda do Muro de Berlim.
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