No dia seguinte, seleção francesa já é "patética, lamentável e cheia de impostores"

O clima na França já não era bom imediatamente depois da derrota de sua seleção para o México, na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo da África. Com tempo para pensar um pouco mais sobre o que aconteceu, porém, a repercussão na França piorou bastante. E, detalhe: o time de Raymond Domenech nem eliminado está do Mundial – pelo menos até agora.

Um dos mais duros foi o diário esportivo L’Équipe, um dos mais importantes da Europa. A manchete já dá o tom da cobertura: “Os impostores”. Segundo o jornal, o estilo de jogo francês no Mundial foi uma nulidade e só um milagre evita que Domenech & Cia. voltem para Paris na semana que vem – o último jogo da primeira fase para a França é na terça-feira, contra a África do Sul.

O “símbolo do desastre” foi o atacante Nicolas Anelka, mas o culpado, o treinador: “foi a pior derrota da era Domenech”, que também foi criticado por ter deixado o maior artilheiro da história francesa, Thierry Henry, no banco. Quem também sofreu com a opinião do jornal foram Ribéry (“atitude insuportável sempre que pegava na bola”), Govou (“uma calamidade e inexistente”) e Gallas (“nunca foi o dono da zaga”).

O Le Parisien, jornal mais lido na França, foi tão crítico quanto: “Lamentável!”. E ainda chamou, nas páginas internas, a seleção de patética. O jornal popular também falou em milagre pela classificação e ainda ironizou Domenech: “É o momento de agradecer a Raymond Domenech por tudo o que ele fez pelos ’Bleus’, especialmente nos últimos anos. Uma contribuição que oscilou entre o muito pouco e o nada”.

O Liberátion só salvou o goleiro Lloris e o meia-atacante Malouda do “fracasso contra a grande equipe mexicana”. Já o conservador Le Fígaro chamou o treinador de cínico, disse ele geriu um grupo de pessoas deplorável e afirmou que que a seleção está no “fundo do abismo” e próximo de uma humilhante eliminação.

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