Costa do Marfim espera Drogba para não perder 40% de seu poderio ofensivo

Nos últimos 11 dias, a fratura no braço de Didier Drogba tomou conta do noticiário. Primeiro cogitou-se que ele estaria fora da Copa. Após uma bem sucedida cirurgia emergencial, o prazo de recuperação passou a ser a partida contra o Brasil, no dia 20. A presença do atacante nos treinos animou comissão técnica, colegas de elenco e torcedores. Mas o prazo acabou, e a dúvida persite: o astro dos Elefantes estará em campo nesta terça-feira, durante a estreia contra Portugal?

Todo clima de mistério e apreensão, além do esforço dos marfinenses, para que Drogba seja escalado pode ser explicado pelos números. O atleta de 32 anos é responsável por aproximadamente 40% dos gols do atual elenco da seleção africana.

Em 67 partidas oficiais pela Costa do Marfim, Drogba balançou as redes 43 vezes. Juntos, os demais 19 atletas (exceto os goleiros) do grupo comandado por Sven-Goran Eriksson na África do Sul somam 64 gols.

Atrás do camisa 11, na lista de artilheiros, aparece Dindane, com 18 gols. O centroavante de 29 anos não é titular, mas surge como principal postulante a ganhar uma chance no time caso Drogba seja vetado.

Apontado como um dos maiores jogadores da história do país africano, se não o maior, o atleta do Chelsea treinou nos últimos dias. A expectativa é que ele utilize uma proteção no braço para jogar. O artefato deverá ser aprovado pela arbitragem, conforme exigências da Fifa.

O sueco Eriksson demonstra otimismo. No entanto, não confirma nada. Na véspera do confronto, avisou que a decisão de entrar em campo ou não será tomadao pelo atleta.

“Didier realizou um treinamento excelente ontem [domingo]. Espero que ele esteja bem, mas honestamente eu não tenho certeza. O único a dizer ‘sim’ ou ‘não’ será ele mesmo”, contou o treinador.

Do lado português, a incógnita repercutiu. Alguns jogadores admitiram que será bom se Drogba não tiver condições de jogo. Já Deco, companheiro do marfinense no Chelsea, adotou uma postura mais politicamente correta.

“Não falei com Didier e não sei se ele vai jogar. Espero que sim, porque é um amigo e um jogador excelente. Se ele jogar, será algo bom para a sua equipe e para a partida”, comentou o meia luso-brasileiro.

Agora, é aguardar para ver o final da história. A partida que abre o Grupo G, o mesmo do Brasil, começa às 11 horas (de Brasília).

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