Stan Honda/AFP/Getty Images

Sul-africanos são "paparicados" por seleções e, em troca, oferecem apoio no Mundial

10/06/2010 - 06h30

Seleções usam euros e sorrisos para reforçar o social e ganhar adeptos na África

Do UOL Esporte
Em São Paulo
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    Alemão Schweinsteiger participa de um bate-bola com jovens de uma instituição de caridade sul-africana

  • Stan Honda/AFP/Getty Images

    Crianças comemoram doação de mesas para computador doadas pela seleção da Austrália

A primeira Copa realizada no continente mais pobre mundo. Esse é um ótimo mote para seleções, principalmente as europeias, abrirem um pouco os cofres para realizar ações sociais e distribuir sorrisos aos locais em busca, entre outras coisas, de apoio durante o torneio que acontece na África do Sul.

Na semana que antecede o início do Mundial, pelo menos seis seleções gastaram algumas horas para se relacionar com a população local ou, até mesmo, realizar doações para instituições assistencialistas. Alemanha, Austrália, Dinamarca, França, Inglaterra e Itália utilizaram deste expediente e, aparentemente, já começaram a colher os frutos da popularidade entre os sul-africanos.

“Trouxemos um grupo de meninos que são órfãos, e ocasiões como essa dão a eles a chance de sentir um gostinho especial. O esporte possibilita que eles se sintam bem e inspire-os a realizar coisas boas”, afirmou o campeão olímpico Edwin Moses, que atualmente é presidente da Laureus Sport for Good Foundation, organização responsável por mais de 70 projetos sociais em 38 países.

Os órfãos levados por Mose foram conhecer a equipe da Inglaterra, na última segunda-feira. O grupo posou para fotos ao lado de Rooney e Gerrard, além de ganhar autógrafos. Na última quarta-feira, foi a vez da seleção da Alemanha receber as crianças da fundação e conhecer nomes como Schweinsteiger, Klose, Lahm, entre outros.

Outras preferiram fazer doações relacionadas ao futebol da África do Sul. A França investirá inicialmente 100 mil euros para reforma de um campo em Knysma, local em que a equipe está concentrada em solo sul-africano. Na mesma cidade, a Dinamarca doará 130 mil euros para remodelação de três campos.

APOIO DO BRASIL É PARA POUCOS

  • Eduardo Knapp/Folhapress

    Na África do Sul, Dunga foi quem assumiu o lado mais diplomático da seleção entre comissão técnica e jogadores. Recebeu a visita da filha e da neta de Nelson Mandela na concentração e aproveitou uma manhã de treinos físicos no hotel para ser homenageado na escola onde o Brasil treina.

    Chegou, inclusive, a ser entrevistado pelos alunos. No treino aberto no Soweto, o comandante também chamou a atenção, posando sorridente para uma foto com garotos locais que atuaram como gandula.

“Esse projeto é uma maneira de agradecer a recepção da população. Além disso, esse investimento corresponde a nossa visão sobre o esporte: formar educadores para aprender as noções de socialização e respeito por meio do futebol”, discursou Dan Frederiksen, embaixador dinamarquês na África do Sul.

Os australianos, por sua vez, resolveram ir a uma escola de Mohlakeng, na última quarta-feira, para entregar centenas de mesas para computadores, gerando muita alegria e comoção entre crianças e parentes, que acompanharam a cerimônia.

Já a Itália criou uma ação diferente para ajudar os sul-africanos. Batizada de “um gol para a África”, a campanha terá como objetivo financiar projetos de educação e formação desenvolvidos pelo UNICEF e pela ONG africana AMREF. Para isso, os interessados devem enviar mensagens de texto, pelo preço de dois euros, e toda a quantia arrecada será enviada as duas entidades.

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