Thierry Henry, artilheiro da França, aceita não começar a Copa do Mundo como titular
O atacante Thierry Henry confirmou que o técnico da França, Raymond Domenech, o procurou em Barcelona para anunciar que o jogador não será titular da equipe no início do Mundial.
“É verdade. Ele me falou que eu não começarei jogando a primeira partida. É normal e aceito, uma vez que terminei a temporada sem jogar regularmente pelo Barcelona”, disse o artilheiro da seleção francesa, com 51 gols em 120 partidas.
“Raymond me avisou que terei tempo para trabalhar. Tenho que estar preparado e há uma lógica no futebol que devo respeitar. Nos últimos quatro meses, eu não joguei muitas partidas. Nicolas Anelka está melhor e aceito a situação completamente”, continuou Henry.
O atacante, que há pouco tempo era o capitão da seleção, aproveitou para rebater as notícias que apontavam uma insatisfação com a reserva e negou com veemência que teria pensando em abandonar o Mundial, caso não fosse titular.
“Tenho lido matérias inaceitáveis que não sei de onde surgem. A Copa do Mundo é a maior competição de todas, e se você é um jogador, sempre vai querer disputá-la. Se tiver a oportunidade de entrar em campo, vou dar o meu melhor. Se ficar no banco, torcerei muito pelos meus companheiros”.
Henry também minimizou as críticas ao fraco futebol apresentado pela equipe desde a péssima campanha na Eurocopa de 2008, quando foram eliminados ainda na primeira fase. Desde então, a França não tem feito o suficiente para apagar as más impressões, principalmente após a classificação dramática para o Mundial da África do Sul, na polêmica partida contra a Irlanda.
Jogando em Paris, o time francês perdia por 1 a 0 até o final do primeiro tempo da prorrogação, quando Henry usou a mão para dominar a bola e passá-la para o zagueiro Gallas marcar o gol de empate que garantia a classificação. Muitos protestos se seguiram, inclusive sugerindo a realização de um novo jogo, mas a Fifa manteve o resultado e confirmou a França na Copa.
Para Henry, o desempenho da seleção no Mundial não depende do passado, mas do que fizerem em campo na África.
“Nós éramos favoritos em 2002 e voltamos para casa sem marcar um único gol. Já em 2006, não acreditavam muito na França, começamos com dois empates, e chegamos à final. Então, nós escrevemos nossa própria história”, finalizou o atacante.
A França está no Grupo A da Copa do Mundo e fará sua estreia no dia 11 de junho, contra o Uruguai, na Cidade do Cabo.
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