15/05/2010 - 14h15

Reservas do Paraguai batem titulares da Coreia do Norte com pênalti no fim

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Roque Santa Cruz comemora a vitória do Paraguai frente à Coreia do Norte, em amistoso na Suíça

    Roque Santa Cruz comemora a vitória do Paraguai frente à Coreia do Norte, em amistoso na Suíça

A equipe reserva do Paraguai venceu os titulares da Coreia do Norte por 1 a 0, gol de Roque Santa Cruz de pênalti, a cinco minutos do fim da partida realizada na tarde deste sábado em Nyon, na Suíça.

A preparação dos paraguaios seguirá no dia 25, quando enfrentarão a Irlanda em Dublin. No dia 30 jogam contra a Costa do Marfim em Thonon-Les-Bains (França) e em 2 de junho contra a Grécia em Winterthur (Suíça).

Já a Coreia do Norte enfrentará a Grécia, a República Democrática do Congo e a Nigéria antes de fazer sua estreia contra o Brasil na Copa do Mundo.

O amistoso deste sábado estava inicialmente marcado para ocorrer em Sièves, e foi transferido primeiro à Lausanne para, somente dois dias atrás, ser confirmado na municipalidade de Nyon, onde está a sede da Uefa.

A mudança de última hora ocorreu a pedido da delegação norte-coreana, que alegou que um de seus pré-requisitos de segurança necessários para este tipo de confronto esportivo não estava sendo atendido. A natureza deste problema, no entanto, não foi revelada.

De maneira que o jogo foi realizado a poucos metros da sede da Uefa, num estádio cuja lotação máxima na história foi de 6.800 torcedores (numa partida entre o Stade Nyonnais e o Real Madrid, em 2001), num clima totalmente família.

Uma bandeira do Paraguai ou outra esvoaçava ao vento ainda gélido da Suíça, alguns gritos isolados de incentivo aos sul-americanos partiam das arquibancadas, crianças corriam quase à beira do campo num gramado que se opunha ao único lance de arquibancadas do local, e um pequeno gandula, distraído, petecava uma bola à beira do campo onde futuras estrelas do torneio mais importante do futebol mundial disputavam uma partida morna.

O jogo

O primeiro tempo foi de bastante correria, como não poderia deixar de ser com os rápidos e pequeninos norte-coreanos, que se fechavam em sua defesa fazendo duas linhas de quatro homens logo à frente da área. As tentativas de atacar eram sempre organizadas pelo habilidoso capitão Hong Yong-Jo, o melhor jogador em campo, que fazia a linha de frente (no círculo central) com Choe Kum-Chol.

  • O jogo começou disputado, como o paraguaio Paulo da Silva sentiu na dividida com Yong-Hak

  • Do lado norte-coreano, Hong Yong-Jo organizava os contra-ataques da equipe com certa habilidade

  • Mas ambos os times mostraram pouco potencial ofensivo. Muitas vezes, viram só a bola passar

Enquanto isso, o Paraguai, com um time quase que inteiramente formado por reservas (com exceção feita talvez ao atacante Roque Santa Cruz, do Manchester City), ficou cercando a área norte-coreana e não conseguiu criar nenhum perigo, além de dois chutes de fora da área: um de Ledesma, fora, e outro de Torres, defendido por Ri Myong-Guk.

Já a Coreia do Norte, que na rapidez de seus contra-ataques conseguia articular algumas jogadas cheias de passes e coletividade, criou duas chances claras de gol. Na primeira, aos 14 minutos, o goleiro Barreto já estava fora do gol quando Ji Yun-Nam chutou para ver sua tentativa barrada pelo arqueiro paraguaio.

Aos 30, Hong Yong-Jo fez um belo lançamento à direita para Choe Kum-Chol, que de fora da área tentou encobrir o goleiro, sem sucesso.

Jong Tae-Se, que já foi apelidado de o “Rooney Asiático” e que sequer aparecia na relação de jogadores escalados para a partida, entrou em campo aos 40 minutos para compor a meia cancha. Chegou atrasado ao compromisso.

Na etapa complementar, o Paraguai parece ter acordado do marasmo mostrado anteriormente e cercou definitivamente a área da Coreia do Norte, que continuava jogando na retranca e se defendendo como podia, as vezes com uma linha de cinco na zaga.

Na melhor chance criada pelos paraguaios, Estigarribia deu um canhonaço pela esquerda que explodiu na furquilha do vencido goleiro asiático. Seis minutos depois, num cruzamento também pela esquerda, Ri Jun-Il quase marcou gol-contra ao desviá-lo. No lance seguinte, Ledesma chutou de fora da área e a bola resvalou na trave à direita do arqueiro.

A Coreia do Norte estava quase passando incólume por este teste quando, aos 40 minutos do segundo tempo, Pak Nam-Chol dominou com a coxa a bola que acabaria subindo e atingindo seu braço. O juiz marcou pênalti, que Roque Santa Cruz bateu no ângulo direito.

Os pequenos gandulas correram para trás do gol e pularam, se abraçaram, muito mais do que os paraguaios, que sentiam que poderiam ter produzido um placar mais elástico.

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