04/05/2010 - 08h53

CBF negocia para não pagar imposto por compra de avião de R$ 42 milhões

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tenta aumentar ainda mais o seu patrimônio. A compra de um dos mais modernos jatinhos do mundo, que custou R$ 42 milhões, é uma das demonstrações do poder financeiro da entidade. Com um lucro de R$ 72 milhões no ano passado, a CBF, no entanto, tenta na Justiça a liberação do pagamento de imposto por adquirir o avião.

Em fevereiro do ano passado, a entidade depositou em favor da Receita Federal, em juízo, aproximadamente R$ 4,173 milhões referentes ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pela importação da aeronave Citation Sovereign. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o avião transporta o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e funcionários do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 nas viagens pelo país e também ao exterior.

Desde o ano passado, Teixeira só viaja para Brasília no jatinho. Para não pagar o imposto de R$ 4,173 milhões, os advogados da CBF alegam que a Confederação é uma associação de direito privado de caráter desportivo, que não tem fins comerciais e industriais.

A aeronave é uma das mais modernas do mundo. Com autonomia de 5.200 km, o jatinho leva nove passageiros na configuração inicial. O caso sobre a liberação do pagamento de IPI está com o juiz Alfredo Franca Neto, da 30ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Os advogados da entidade não se pronunciaram nesta segunda-feira sobre a ação.

Apesar de pedir a isenção fiscal, a CBF duplicou o lucro em 2009 em comparação a 2008. No balanço publicado na semana passada, a confederação fechou o ano que antecede o Mundial de 2010 com R$ 72,360 milhões de superavit - 126% superior a 2008. No exercício anterior, a entidade lucrou R$ 31,989 milhões.

Nos últimos quatro anos, a entidade conseguiu multiplicar o número de patrocinadores. Com a chegada da Seara no mês passado, a seleção já tem nove parceiras. E a entidade pode anunciar nos próximos dias o décimo patrocinador. Em 2006, o time comandado por Carlos Alberto Parreira, que disputou e fracassou na Copa da Alemanha, contava com quatro anunciantes.

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