15/04/2010 - 17h34

Ataque a ônibus argelino por egípcios segue sem julgamento

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Argélia e Egito é sempre um jogo<br/>quente: o argelino Rafik Saifi,<br/>vítima de agressão meses antes,<br/>ajuda policial a socorrer torcedor ferido durante decisão pela vaga contra os egípcios no Sudão

    Argélia e Egito é sempre um jogo
    quente: o argelino Rafik Saifi,
    vítima de agressão meses antes,
    ajuda policial a socorrer torcedor ferido durante decisão pela vaga contra os egípcios no Sudão

Estava marcada uma para esta quinta-feira uma audiência a respeito da agressão de torcedores egípcios ao ônibus da seleção da Argélia no último dia 12 de novembro, antes da última partida do grupo C das eliminatórias africanas para a Copa do Mundo. Porém, o encontro não ocorreu, levantando suspeitas junto aos argelinos de favorecimento da Fifa à seleção do Egito.

Na última rodada das eliminatórias africanas, no dia 14 de novembro, o Egito precisava de uma vitória em casa contra a Argélia para sonhar com uma vaga para a Copa do Mundo.

Assim sendo, torcedores egípcios tentaram intimidar os argelinos apedrejando o ônibus da delegação visitante, causando ferimentos a três jogadores - Khaled Lemmouchia, Rafik Halliche e Rafik Saïfi – a apenas dois dias do confronto.

O jogo terminou 2 a 0 em favor do Egito, que se igualou em todos os critérios de desempate com a Argélia. Foi necessária a realização de uma partida extra para declarar o classificado, e os argelinos venceram por 1 a 0 o jogo organizado em campo neutro, no Sudão.

Após o incidente no Cairo, a Federação Argelina entrou com um pedido de punição perante à Fifa, já que cabia aos egípcios zelar pela segurança dos atletas da Argélia em sua passagem pelo país.

Uma audiência com Mohamed Raouraoua et Samir Zaher, presidentes respectivamente da Federação Argelina e Egípcia de Futebol, já havia sido feita no último dia 10 de março, sendo que a continuação do encontro estava marcada para esta semana.

A imprensa argelina relembra que em casos até menos graves, a Fifa se manifestou em questão de semanas, fato que não ocorreu desta vez, o que seria uma demonstração de força dos egípcios perante o órgão máximo do futebol mundial.

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