09/04/2010 - 15h40

África do Sul já entrou no clima de Copa do Mundo

A dois meses do começo da Copa do Mundo, a febre do futebol já toma conta da África do Sul. As ruas das cidades que sediarão jogos do Mundial estão repletas de bandeiras e vendedores ambulantes. Em março, a Fifa começou a preparar cerca de 18 mil voluntários, que serão encarregados de receber os visitantes estrangeiros durante a competição. A partir de 15 de abril, os primeiros ingressos devem ser colocados à venda.

O governo sul-africano espera que o evento sirva para atrair turistas e melhorar a imagem do país. Há a expectativa, também, que a Copa do Mundo sirva para reforçar a união entre brancos e negros num país que ainda carrega o legado do apartheid, regime que vigorou entre 1948 e 1994. Aliás, um dos indícios de que o Mundial possa unir o povo é encontrado em bairros brancos, onde aparecem bandeiras em referência à Copa, apesar do futebol ser um esporte popular apenas entre os negros.

Preocupação com tensão racial

Mas a morte do líder de extrema-direita branca, Eugene Terre'Blanche, assassinado no último sábado, aumentou a tensão racial no país. Alguns seguidores do líder chegaram a fazer ameaças de retaliação durante a Copa do Mundo. O ministro da polícia, Nath Mthethwa, garantiu a segurança aos torcedores, apesar de reconhecer a preocupação com a violência no país, onde ocorre cerca de 50 homicídios por dia.

As autoridades reconhecem a possibilidade de que ocorram manifestações durante o Mundial. "É parte da natureza humana aproveitar esse tipo de oportunidade", disse Nomvula Mokonyane, chege do governo da província de Gauteng, onde estão localizadas as cidades de Johanesburgo e Pretoria. Apesar dos riscos, a segurança no país será reforçada por cerca de 41 mil policiais, que estarão em "alerta máximo" durante a competição.

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