Cristiano Ronaldo fala à imprensa durante apresentação de chuteira na última quarta
A milionária batalha pelo topo do mercado internacional de vendas de materiais esportivos, no segmento de futebol, vive momento de novidades às vésperas da Copa, o instante mais nobre e esperado pelo setor. Em um evento nesta semana em Londres, a norte-americana Nike anunciou diante da imprensa mundial a conquista da inédita liderança global, desbancando a rival Adidas. Na última quarta-feira, a empresa abriu o protocolo de apresentações escalando toda a auto-estima singular do português Cristiano Ronaldo para pontuar o feito.
O astro do Real Madrid foi o personagem principal da ação que inaugurou o evento, no lançamento de uma nova chuteira da empresa. No seminário para a mídia de todos os continentes, a Nike celebrou ainda com alguma discrição a primeira colocação e, logo em seguida, expôs a 'marra' peculiar de Cristiano Ronaldo, apresentado como o melhor do mundo, numa espécie de ação simbólica de celebração.
Eis alguns instantes inspirados do melhor do mundo da Fifa em 2008: "Eu entretenho as pessoas, é o que faço em campo", disse o português, para explicar uma frase conhecida de sua autoria: "Quem ama o futebol me ama".
O evento com o português foi curto, em razão do atraso de quase 3 horas de sua chegada desde Madri, mas durou o suficiente para mais algumas demonstrações de uma auto-estima bem resolvida. "Quando encerrar a carreira, quero estar entre as lendas, ser lembrado como um jogador fantástico, brilhante, ser exemplo para a garotada", disse o ídolo do Real. "Não copio ninguém, não acho que deva copiar, não gosto disso, tenho meu estilo próprio", emendou na resposta a seguir.
Cristiano Ronaldo foi, durante muito tempo, injustamente acusado de fazer mais marketing do que de fato jogar bola. |
Breve e marcante, a presença do Ronaldo português abriu a ação que alardeia a troca de liderança. Os anfitriões do evento continuam com os investimentos em ano de Copa com a apresentação da nova camisa 1 do Brasil nesta quinta-feira. A 'amarelinha' é o carro-chefe do lançamento de uniformes de uma dezena de equipes nacionais.
Além de tudo isso, a Nike expôs pela primeira vez em um evento oficial a imagem da Umbro, marca adquirira no fim de 2007 por US$ 582 milhões, em negócio voltado para ampliar a penetração no mercado de futebol. No evento, a empresa adicionou o brasão da seleção inglesa, em contrato ligado a Umbro há um bom tempo.
"Não sei se todos vocês entendem o significado disso, talvez uma parte de vocês entenda, mas contar com a seleção inglesa significa muito para a gente. Nos orgulhamos disso", disse Mark Parker, CEO Mundial da Nike, na apresentação de quarta, após falar da ultrapassagem sobre a Adidas.
Outro movimento simbólico de mercado de futebol foi o acordo da gigante norte-americana para assumir o fornecimento da seleção francesa, após o final do contrato vigente com a Adidas, em acerto de 42 milhões de euros anuais.
Apesar de já comemorar publicamente o topo do mercado internacional de materiais esportivos, a Nike ainda prefere não divulgar balanços de vendas que atestam a nova liderança. Mas, em 2009, a empresa registrou recorde de vendas, com US$ 19.176 bilhões, em negócios globais, não apenas com o futebol.
Agora, o imenso desafio para a nova condição de líder da Nike no segmento é sustentar a posição com a Copa, evento que, historicamente, favorece em exposição mundial a grande rival, a Adidas, marca oficial do torneio e que mantém uma duradoura e estável parceria com a Fifa.
"Queremos sustentar essa posição em 2011, depois da Copa, mas esperamos ir muito além de 2011", comentou Charlie Denson, CEO da Nike Inc., após a apresentação.
*O jornalista viajou a Londres a convite da Nike
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