Data de Nascimento | 22/07/1963 |
Nacionalidade | Espanhola |
Local de nascimento | Madri |
Altura | 1,70m |
Peso | 68kg |
Participações em Copa | 2 (1986 e 1990) |
Título em Copa |
No dia seguinte ao nascimento de seu segundo filho, Emilio Butragueño Benavente inscreveu o garoto no quadro de sócios do Real Madrid. Começava assim a relação do clube com um dos maiores craques de sua história. Mas o pequeno Butragueño demorou um pouco a se apaixonar pelo futebol.
As primeiras bolas com que brincava eram laranjas, pois gostava de basquete. Foi armador do time da escola por três anos, quando apenas se divertia com o futebol. Um dia, porém, o supervisor esportivo do local percebeu seu verdadeiro talento e o escalou como meia da equipe infantil.
Mesmo muito jovem, Butragueño já mostrava lampejos de suas principais qualidades como jogador - visão de jogo, precisão nos chutes e passes e uma enorme capacidade de improvisação. Logo sua fama pulou os muros do colégio e chegou aos dirigentes dos dois principais clubes da cidade.
O Atlético foi primeiro a oferecer uma vaga nas categorias de base a Butragueño, aprovado pelos treinadores em um teste. Mas o coração - tanto o dele como o do pai - falou mais alto, e o jogador recusou o convite, seguindo o destino que estava traçado para ele desde o nascimento: jogar no Real Madrid.
Embora ainda não passasse de um adolescente, Butragueño já recebia tratamento especial fora dos gramados. Na época em que estava cumprindo o serviço militar, seu pai lhe comprou uma moto para as viagens entre o clube e o quartel. Ao saber, o lendário Alfredo Di Stéfano o proibiu de usar o veículo, alegando que era muito perigoso.
Butragueño obedeceu nos primeiros dias, mas o ônibus demorava muito, e aos poucos ele foi resgatando a motocicleta. Uma tarde ele pilotava pelas ruas de Madri quando olhou no retrovisor e notou que um carro o seguia. E o motorista era ninguém menos que Di Stéfano! Não se sabe o que eles conversaram, mas Butragueño aposentou a moto definitivamente.
Quando ficou pronto para jogar entre os grandes, no entanto, o jovem atacante recompensou todo esse cuidado. Seu primeiro ano como profissional foi na equipe do Castilla, filial do Real Madrid, que acabou com o título da segunda divisão do Campeonato Espanhol. Butragueño só não foi o artilheiro do certame porque foi promovido à equipe principal.
A estreia aconteceu em fevereiro de 1984, diante do Cádiz, fora de casa. O Real Madrid foi para o intervalo perdendo por 2 a 0, e Di Stéfano resolveu lançar a revelação no segundo tempo. Vestindo a camisa 14 (como seu ídolo Johan Cruyff), Butragueño marcou dois gols e deu o passe para o terceiro, comandando a virada sensacional.
Dez meses depois, ele protagonizou outro episódio memorável da história do clube. Real Madrid e Anderlecht se enfrentavam pelas oitavas de final da Copa da Uefa, e o time belga venceu o primeiro jogo por 3 a 0. Na partida de volta, Butragueño marcou três dos seis gols dos espanhois na goleada por 6 a 1. Graças principalmente à inspiração do atacante, o clube ganhou o torneio europeu por dois anos seguidos.
Durante a década de 1980, formou com o mexicano Hugo Sánchez uma das mais temidas duplas de ataque do mundo, conquistando cinco títulos consecutivos do Campeonato Espanhol. Apelidado de "El Buitre" (O Abutre), foi o personagem principal da famosa "Quinta del Buitre", algo como a "Quina do Abutre", como ficou conhecida uma nova geração de craques espanhois formados no Real Madrid, da qual também faziam parte Michel, Manuel Sanchís, Martín Vázquez e Miguel Pardeza.
Butragueño permaneceu como titular absoluto do clube espanhol até a temporada 1994/1995, quando outro jovem atacante chamado Raúl surgia das categorias de base. Foi então para o Atlético Celaya, do México, onde ficou por três anos e levou a equipe à final do Campeonato Mexicano. Parou de jogar em 1998.
Depois de jogar nas seleções sub-21 e olímpica da Espanha, foi convocado para a formação principal pela primeira vez na campanha da Eurocopa de 1984, mas não entrou em campo durante o torneio. A estréia foi em outubro do mesmo ano, em um amistoso contra País de Gales, no qual marcou um dos três gols da vitória espanhola.
Seu melhor momento com a camisa da "Fúria" aconteceu na Copa do Mundo do México, em 1986, quando marcou cinco gols - quatro deles na goleada da Espanha sobre a Dinamarca por 5 a 1 nas oitavas de final. Disputou também a Eurocopa de 1988 e o Mundial de 1990, mas teve atuação apagada em ambas as competições.
Em 75 partidas disputadas pela seleção, Butragueño marcou 26 gols, e era o maior artilheiro do time na história até ser ultrapassado por nomes como Raúl, Villa, Morientes e Hierro. Após a aposentadoria dos gramados, trabalhou na secretaria de esportes do governo e foi dirigente do Real Madrid, onde trabalha até hoje.
Atualmente, Butragueño é o diretor geral da Escola de Estudos Universitários do Real Madrid.
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