Zahovic

Zlatko Zahovic é o mais famoso e bem sucedido jogador esloveno desde a criação do país, que surgiu após a separação da antiga Iugoslávia. Dono do recorde de gols e aparições com a camisa da seleção, o meia coleciona passagens por clubes europeus e confusões em sua carreira.

O temperamento esquentado marcou negativamente aquele que poderia ser o seu grande momento no futebol. Artífice da classificação da Eslovênia para o Mundial de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, Zahovic desentendeu-se com o técnico Srecko Katanec após ser substituído no jogo de estreia.

O bate-boca entre os dois foi irremediável, e o treinador mandou Zahovic de volta para casa antes mesmo da segunda rodada. A perda da principal estrela não melhorou o futebol da Eslovênia, que perdeu os três jogos, foi eliminada e viu Katanec deixar o cargo de treinador logo após a competição.

A mudança de comando abriu espaço para um fim menos melancólico de Zahovic com a camisa da seleção. O meia jogou até 2004, encerrando a passagem de sucesso que havia iniciado em 1992, um ano depois da entrada da Eslovênia no quadro da Fifa.

Antes da Copa do Mundo de 2002, Zahovic já havia liderado a surpreendente campanha da equipe à Euro 2000, disputada na Holanda e na Bélgica. O desempenho, porém, foi discreto, com a eliminação na primeira fase.

Em clubes, Zahovic nunca foi uma grande estrela, mas teve passagens de sucesso por diversos clubes. Depois de um começo de carreira promissor no futebol iugoslavo, o meia foi para Portugal em meados da década de 1990.

No Porto, de 1996 a 1999, Zahovic foi o maestro da equipe que dominou o futebol local, tendo o brasileiro Jardel como o seu grande parceiro. A dupla foi tricampeã nacional no período, até que o esloveno foi aventurar-se no futebol grego, defendendo o Olympiacos.

Após pouco tempo, o meia fechou com o Valencia, onde teve seu maior sucesso no nível continental. Coadjuvante da equipe que já tinha sido finalista da Liga dos Campeões em 1999/2000, Zahovic defendeu os espanhois na final de 2001 contra o Bayern de Munique. Na cobrança de pênaltis que decidiu a taça, porém, parou diante de Oliver Kahn e transformou-se em vilão.

Sem espaço na Espanha, Zahovic voltou para Portugal para defender o Benfica, onde ficou até 2005, quando encerrou a carreira. Hoje, é diretor de futebol do Maribor, time no qual começou a carreira como jogador.