Roger Milla

Milla veio antes de Eto’o. Quando o camaronês Roger Milla entrou para a história do futebol, Samuel Eto’o ainda jogava peladas em Camarões. O craque da Internazionale tinha apenas nove anos quando Milla brilhou na Copa do Mundo de 1990, na Itália.

Com quatro gols, ele foi um dos destaques do Mundial, ajudando a levar a seleção camaronesa até as quartas de final. Foi a primeira vez que uma seleção africana chegou entre as oito melhores da Copa.

Na época, Milla estava com 38 anos e foi o toque de irreverência na competição, sambando na hora de comemorar os gols. O mais lembrado deles ocorreu na prorrogação da vitória de 2 a 1 contra a Colômbia, pelas oitavas-de-final. Milla fez os dois gols da classificação camaronesa. Num deles, desarmou o goleiro René Higuita, que tinha o costume de sair da área com a bola, e tocou a bola para o fundo das redes.

Milla saiu da África com o título de melhor jogador do continente em 1977, aos 25 anos, para jogar no francês Valenciennes. Em 1981, marcou o gol do título da Copa da França na vitória de 1 a 0 do Bastia

diante do poderoso Saint-Étienne de Michel Platini.

Milla disputou três Copas do Mundo. A primeira delas, na Espanha, em 1982. Depois de ir ao Mundial de 1990, ele repediu a dose em 1994, nos Estados Unidos, disputando o seu terceiro Mundial. Aos 42 anos, se tornou o jogador mais velho a fazer gol na competição, na derrota de 6 a 1 contra a Rússia, na primeira fase. Ele aposentou as chuteiras aos 44 anos, quando atuava pelo Pelyta Jaya, da Indonésia.