Empresa volta a manifestar confiança em acusado de desviar ingressos

Do UOL, em São Paulo

  • Osvaldo Praddo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

    Raymond Whelan está preso na carceragem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

    Raymond Whelan está preso na carceragem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

A Match, empresa responsável pela venda de ingressos da Copa do Mundo, voltou a se manifestar em nota oficial sobre Raymond Whelan, executivo acusado de comercializar ilegalmente entradas para jogos do Mundial.

Whalen se entregou nesta segunda-feira à Justiça do Rio de Janeiro. Ele é acusado pelo Ministério Público do RJ de chefiar a máfia de ingressos.

Na nota divulgada à imprensa, a Match volta a mostrar confiança em Whelan. "Podemos assegurar que o senhor Raymond Whelan não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular e temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras", diz trecho.

Whelan era considerado foragido desde quinta-feira (10). Na tarde daquele dia, a Justiça decretou prisão preventiva por causa de uma suposta ligação com a máfia do ingresso. O grupo, segundo a Polícia Civil, esperava faturar até R$ 200 milhões vendendo tíquetes para partidas do Mundial por preço acima do mercado.

Operação Jules Rimet

A operação que desbaratou a máfia dos ingressos foi batizada de Jules Rimet, em alusão ao nome do primeiro presidente da Fifa. Ela é resultado de mais de um mês de investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público.

Na operação, quase 200 ingressos da Copa já foram apreendidos, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades e até a membros de comissões técnicas. Dez ingressos, inclusive, eram reservados a integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo.

A polícia informou que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

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