Após saída de Felipão, Marin falta a evento de encerramento da Copa
Mauricio Stycer, Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski*
Do UOL, no Rio de Janeiro
O presidente do COL (Comitê Organizador Local) da Copa, José Maria Marin, faltou à entrevista coletiva de encerramento do Mundial nesta manhã. A ausência ocorreu justamente no dia posterior à saída do técnico Luiz Felipe Scolari do comando da seleção brasileira de futebol. Marin também é presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A confederação tomou a decisão de tirar Felipão da comissão técnica da seleção brasileira durante a tarde deste domingo. Dois dirigentes que conversaram com Marin e Marco Polo Del Nero, vice e futuro mandatário da CBF, ouviram que o treinador seria sacado ainda no domingo. Segundo os relatos, a cúpula da CBF afirmou que a situação ficou insustentável depois da derrota para a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar da Copa.
Oficialmente, a entidade informa que irá se pronunciar nesta segunda-feira sobre o futuro da seleção brasileira. A assessoria de imprensa do COL informou que Marin tinha uma agenda em São Paulo e, por isso, faltou à coletiva.
Quando a Fifa anunciou a coletiva de encerramento da Copa do Mundo, Marin estava com sua presença confirmada. O presidente da Fifa, Joseph Blatter; o secretário geral da entidade, Jérôme Valcke; o ministro do Esporte, Aldo Rebelo; o secretário executivo do ministério, Luis Fernandes; e o diretor executivo do COL, Ricardo Trade, estiveram no evento.
Na entrevista, o ministro comentou a campanha do Brasil na Copa sob comando de Felipão. Segundo ele, o resultado da equipe nacional no torneio foi uma "tragédia futebolística".
O Brasil, de fato, não conseguiu produzir bom futebol no Mundial. Estreou jogando mal contra a Croácia e dependeu de grandes atuações individuais de David Luiz, Oscar e Neymar para não perder a primeira partida. Depois, continuou irregular contra México e Camarões. Nas oitavas de final, jogou menos do que o Chile e dependeu dos pênaltis para passar. Contra a Colômbia, fez atuação boa na primeira etapa e conseguiu definir a partida, antes do inexplicável massacre alemão, por 7 a 1.
*Atualizada às 13h30