A classificação da seleção argentina para a final da Copa do Mundo de 2014 ainda deve estar sendo celebrada... na Alemanha. É no "inimigo" que fica a Adidas, a gigante de material esportivo cuja lista de contratos milionários de patrocínio incluem a Fifa, as duas seleções que disputam a final deste domingo no Maracanã e Lionel Messi. Um jogador que durante a maior parte do ano é fotografado e filmado e tuitado usando uma camisa da Nike.

A empresa americana, grande rival da Adidas, é a patrocinadora do Barcelona, clube que Messi defende há 14 anos. Ter um de seus principais ativos "refém" do inimigo é algo que já fez a Adidas ter planos mirabolantes. No ano passado, a imprensa europeia veiculou rumores de que a empresa teria montado um plano para pagar metade da multa rescisória junto à equipe catalã, estimada em 250 milhões de euros, e oferecer o jogador a um dos times que fazem parte do portfólio da gigante alemã na Europa – incluindo o Bayern de Munique e o Chelsea.

Os rumores falaram até numa oferta de aumento de 40% no valor dos contratos de patrocínio com os clubes como "isca" para a parceria. A Adidas desmentiu com veemência os rumores, enquanto representantes do Bayern de Munique consideraram o negócio surreal para os cofres do clube mesmo se saísse do campo das possibilidades.

Para alimentar a boataria, o fato de Messi ter um histórico discreto de atuações com a camisa da Argentina. No Mundial, porém, o canhoto de 1,69m enfim deslanchou e o título no Maracanã terá todo o jeito de cereja no bolo para uma Copa em que a guerra das marcas parece já ter sido vencida antecipadamente pela empresa alemã – ainda mais depois de o principal cliente da Nike, a seleção brasileira, ter encerrado sua participação no Mundial sofrendo duas goleadas seguidas, entre elas o 7 a 1 diante de uma Alemanha que alavancou as vendas de camisas da Adidas no Brasil durante a Copa.