Sabella cita técnico brasileiro ao explicar tática argentina na semifinal

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

O treinador da Argentina, Alejandro Sabella, citou Valdir Espinoza, que foi seu treinador no Grêmio de 1986 a 87, para falar sobre a tática de sua equipe na vitória nos pênaltis sobre a Holanda, nesta quarta-feira (9), no Itaquerão.

"Tive um treinador no Grêmio que me ensinou o valor dos espaços. Domine os espaços e você vencerá o jogo. Hoje, empatamos usando isso. Olha, nós não ganhamos a partida, ganhamos nos pênaltis, é muito bom deixar isso claro", disse.

Foram muitos agradecimentos para comemorar a chegada à final. "É uma felicidade enorme. Agradeço a quem me deu confiança para dirigir a seleção argentina, agradeço à família, colaboradores e jogadores. Conseguimos algo muito grande e agora vamos em busca de mais."

O jogo? "Foi muito duro, volto a dizer que foi empate. Se eu tivesse perdido nos pênaltis também ia dizer que foi empate. Foram poucas chances, as nossas foram mais claras um pouco. Lavezzi e Enzo Perez trocaram de posição, eles tinham liberdade para isso. Enfim, estamos muito felizes."

Em seguida, reclamou por haver jogado um dia após a Alemanha. "Os jogos deveriam ser no mesmo horário. Agora, temos um dia a menos de descanso. E, para complicar, tivemos de jogar 120 minutos e mais os pênaltis, enquanto a Alemanha jogou apenas 90. E na verdade, definiu o jogo no primeiro tempo e já pode se poupar no segundo. É uma dificuldade a mais contra um time espetacular."

Os elogios não foram apenas ao atual time alemão. "Eles são uma escola de futebol forte e de muita força mental e que, além disso, têm sempre jogadores com estilo sul-americano. Falo de Overath, Magath, Netzer, Breitner e esse monstro chamado Franz Beckenbauer. No futebol, eu sempre admirei Brasil e Alemanha. E agora vamos decidir contra esse grande time", finalizou.

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