Polícia Civil vai a hotel em busca de membro da Fifa envolvido em máfia

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Bruno Braz / UOL

    07.jul.2014 - Polícia Civil chega ao Copacabana Palace para prender suspeito de participar de máfia de ingressos da Copa do Mundo

    07.jul.2014 - Polícia Civil chega ao Copacabana Palace para prender suspeito de participar de máfia de ingressos da Copa do Mundo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou e já começou a buscar um membro da Fifa ou da empresa Match que seria artífice de um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo. O delegado responsável pelo caso pediu a prisão do suspeito, e a Justiça emitiu nesta segunda-feira um mandado.

O nome do suspeito ainda não foi divulgado, mas a Polícia Civil disse que ele estaria hospedado no Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro. Duas viaturas da 18ª Delegacia de Polícia, que fica na Praça da Bandeira, foram ao fórum recolher o documento. Em seguida, os veículos partiriam em busca do homem. O primeiro local da busca será no hotel, onde os principais dirigentes da Fifa estão hospedados.

O pedido de prisão do suspeito é uma evolução da operação "Jules Rimet", que foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na semana passada. A ação prendeu 11 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que desviava e comercializava ilegalmente ingressos para a Copa do Mundo de futebol. A iniciativa foi apoiada por Ministério do Esporte e Juizado do Torcedor.

A operação apreendeu mais de uma centena de ingressos para jogos da Copa do Mundo. Segundo a Polícia Civil, o esquema movimentava mais de R$ 1 milhão por jogo da competição.

Entre os presos estava Lamine Fofana, franco-argelino que foi apontado inicialmente como um dos chefes da quadrilha. Em gravações autorizadas, a Justiça captou centenas de ligações dele para um funcionário de alto escalão da Fifa ou da Match, empresa que detém exclusividade da entidade para revenda de pacotes de ingressos e camarotes para a Copa.

Esse funcionário foi o nome que a Polícia Civil já identificou. Segundo o delegado Fabio Barucke, que comanda a operação, as delegações de Brasil, Argentina e Espanha também estão sendo investigadas por suspeita de repassarem ingressos de suas cotas para o esquema.

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