'Nós argentinos pensamos que somos mais do que somos', admite Sabella

Aiuri Rebello

Do UOL, em Brasília

  • REUTERS/Kai Pfaffenbach

    Para o técnico da seleção argentina, pressão para que a equipe vença é natural

    Para o técnico da seleção argentina, pressão para que a equipe vença é natural

O técnico da seleção argentina, Alejandro Sabella, afirmou na manhã desta sexta-feira (4) -- véspera do jogo pelas quartas da Copa do Mundo contra a Bélgica amanhã, no estádio Mané Garrincha, em Brasília -- que a pressão que sentem para ganhar a partida e avançar para as semifinais é natural porque os argentinos possuem a autoestima bastante elevada.

"Nós argentinos sempre pensamos que somos mais do que somos", afirmou em entrevista coletiva no estádio da capital federal antes do treino e reconhecimento do gramado no local. 

"Algumas vezes isso é bom e outras vezes isso é ruim", disse. "Quando eu era menino, escutava que éramos os melhores e cresci acreditando que éramos os melhores do mundo, e não havíamos nem sido campeões ainda. E nós acreditamos que somos os melhores, é nossa forma de ser, uma questão cultural", declarou o técnico. "Temos a esperança, a fé e a confiança de seguirmos em frente". De acordo com o técnico, é por isso tudo que o técnico diz que "se não conseguirmos estar entre os quatro finalistas, vai ser um frustração".

Sabella também comentou o apoio psicológico de uma profissional à seleção brasileira, e disse que a seleção argentina não precisa disso. "Nós lidamos com isso de uma maneira diferente. São duas grandes seleções, mas a pressão do Brasil é um pouco maior por jogar em casa. Esse é um peso que também é bom por um lado e ruim por outro", disse. "Nós alternamos momentos de 'relax' com momentos de concentração total, e isso tem funcionado para nós".

Agüero não está confirmado

Sabella não adiantou a escalação da esquadra argentina para o confronto de sábado, e diz que ainda espera poder contar com o atacante Sergio Agüero, que sofreu contusão e correu risco de ser cortado da seleção. "Ele está muito bem. Vamos ver como responde hoje, para ver se vai poder estar entre os 23 jogadores à disposição amanhã, e ir para o banco como substituto, opção".

O técnico argentino considera natural a dependência da seleção em relação a Messi. "Qualquer equipe que tenha Messi vai depender dele.  E creio que é um trabalho de toda a equipe para que faça o que está fazendo. É o melhor do mundo, mas é um trabalho em conjunto também. Foi um atacante que estava como volante, o Palacio, que tomou a bola e deu a bola para Messi".

Questionado pelos jornalistas argentinos o por quê do time não ter rendido o esperado até agora, Sabella concordou. "O time não rendeu o que esperávamos, como eu já disse". "Mas repito que temos uma equipe muito boa, os melhores goleiros do mundo e vários de nossos jogadores jogam na liga inglesa e espanhola, o que já diz muito".

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