Vinte e oito anos depois da 'Mão de Deus' – o gol de Maradona contra os ingleses no México – os argentinos comemoram o Travessão de Deus. Após o gol de D Maria, quando a partida parecia definida, houve a cabeçada de Dizemali na trave direita de Romero. A bola voltou ao atacante, que a empurrou para fora.

Os três minutos finais foram de sufoco. Houve ainda uma falta no último lance do jogo. No banco argentinos, muitos rezavam. Nas redes sociais, os argentinos comemoraram a vitória louvando seus principais jogadores e um torcedos especial. Há montagens com o papa Francisco abençoando a trave de Romero.

Não foi a primeira vez que a trave salvou a Argentina. Em 1978, quando ainda não havia um Papa argentino, faltava um minuto para o final do jogo e Resenbrink, da Holanda, cabeceou na trave. Também no lado direito do goleiro. A partida foi para a prorrogação e a Argentina venceu por 3 a 1 e conquistou seu primeiro título mundial.

Dí Maria, um dos heróis da partida, lembrou que o último campeão também teve sorte. "Sempre soubemos que a Espanha teve muita sorte para conquistar o título. Então, também tivemos hoje com o travessão".

E foi o gol de Di Maria que fez Romero, o goleiro, ter vontade de louvar a Deus ainda em campo. "Era para cair no chão e se ajoelhar para agradecer. Sofremos muito com uma partida com prorrogação, mas a gente se matou em campo e venceu. Foi muito duro, mas o prêmio chegou nos minutos finais. E teve a trave, graças a Deus. A sorte ajudou".

O autor do gol elogiou a dedicação de todos: "Demos a vida", afirmou Di Maria. "Deixamos tudo em campo para vencer. Não foi possível no início, mas chegou no final."

Apesar das dificuldades, ele viu justiça no resultado. "Todas as partidas estão difíceis, mas a gente sabia que podia passar. Foi um grande esforço. Criamos muitas chances e só permitimos uma grande oportunidade a eles que o Romero salvou. O gol foi dedicado a mina mulher e mina filha que estão aqui me apoiando."