Vitória. É o que importa para Sabella, técnico da Argentina

Luis Augusto Símon

Do UOL, em São Paulo

O que importa, afinal, é vencer. Assim pensa o pragmático Alejandro Sabella, que viu a Argentina sofrer para vencer a Suíça por 1 a 0, após gol de Di Maria já nos minutos finais da prorrogação, em jogo disputado nesta terça-feira, em São Paulo, pelas oitavas de final.

"O campeonato é muito bom, muito difícil e nos classificamos, enquanto outros grandes como Uruguai, Inglaterra e Itália estão fora. O meu papel é facilitar a vitória. Ver estratégias e estimular os jogadores", afirmou o técnico argentino.

Em seguida, deu uma leve advertência aos críticos. "Ganhamos com uma grande exibição de Rojo e de Romero, jogadores muito contestados".

Para Sabella, a Argentina merecia ter vencido ainda nos 90 minutos, sem prorrogação, apesar de ter admitido que a Suíça foi um adversário complicado.

"O primeiro tempo foi parelho e eles tiveram duas chances claras. Mas depois foi tudo nosso. A vitória merecia vir antes da prorrogação. Tivemos muito mais chances no segundo tempo e também na prorrogação", acrescentou Sabella, que classificou o jogo desta terça como inesquecível.

"Já vivi situações parecidas, mas estamos falando de um Mundial. Tudo é diferente. Em 98, eu era auxiliar e acompanhei a vitória contra a inglaterra, mas como disse, hoje é Mundial e eu sou o treinador. Incomparável".

Sabella comemorou a forma como o gol foi conseguido. "A jogada começou quando Palacio, que é um meia ofensivo que ajuda muito a marcação, ganhou uma bola e tocou para Messi. Ele caminhou com ela e poderia ter a chance de marcar, mas Di Maria apareceu. Di Maria, que foi mais incisivo a cada minuto que o jogo passava. Houve o passe e os dois grandes jogadores resolveram a partida."

Ele também se mostrou satisfeito pelo fato de a Argentina ter conseguido boas jogadas pelos lados do campo. "É difícil jogar assim, a não ser que você tenha jogadores como Ribery e Robben. E nós conseguimos com Di Maria, Zabaleta e Rojo. Foi pelo lado que Di Maria quase fez o segundo gol. Faltou pouco".

Para contar sobre o sofrimento que foi o jogo, Sabella citou uma música argentina. "A música fala que os minutos que vão não voltam mais. É assim que eu me sentia. Não queria os pênaltis porque merecíamos vencer. Jogamos para evitar os pênaltis. Mas a bola chegou a Messi e ele sabe o que fazer com ela. E um país como o nosso, um pais "futbolero" em que todos amam esse esporte, pode comemorar".

Para a próxima partida, Sabella não poderá contar com Rojo, suspenso pelo segundo cartão amarelo. Ele já adiantou que Basanta é o substituto natural para o próximo jogo, contra EUA e Bélgica. Mas independente de quem ainda cruzará o caminho da Argentina na Copa do Mundo, Sabella preferiu seguir os pés no chão.

"Seria uma arrogância muito grande pensar em escolher um time ou sonhar com um adversário na final. Nada disso. Vamos passo a passo", completou.

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