Blatter fala que próximo passo no futebol será técnicos desafiarem árbitros

Do UOL, em São Paulo

  • Fabrice Coffrini/AFP

    Joseph Blatter discursa durante congresso da Fifa em São Paulo

    Joseph Blatter discursa durante congresso da Fifa em São Paulo

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, está tão satisfeito com o que tem visto com a tecnologia do gol que já prevê o próximo passo de entrada da tecnologia no futebol. Em entrevista ao site da entidade, ele já fala que o próximo passo para as competições será a possibilidade dos treinadores desafiarem a decisão dos juízes.

"Vamos dar mais ajuda aos árbitros, mais justiça ao jogo. Vamos dar aos técnicos o chamado desafio. Ele pode ter, vamos dizer, o desafio duas vezes em meio tempo. Ele pode contestar a decisão do árbitro quando a partida para. Ele não pode fazer isso em impedimento, por exemplo, porque você não pode mudar o que está acontecendo com o impedimento, porque a bola está rolando. Mas poderá desafiar quando o jogo parar", afirmou, para depois dar exemplos.

"Se o jogo parou e vai ter de começar de novo, o técnico pode desafiar. Por exemplo, se foi pênalti ou não. Se a falta foi dentro ou fora da área. Se foi ou não falta. Ele poderá ir lá e desafiar o árbitro para olhar para um monitor. E não vai ser nada da Fifa, vai ser de transmissão de televisão para ver se a cena precisa ser mudada".

Blatter explicou quando se convenceu de que a tecnologia precisaria ser introduzida no futebol. "Na Copa passada,  teve o lance do Lampard. Aquela vez, eu tive certeza que precisaríamos dessa tecnologia e agora precisamos ir um passo adiante", afirmou ele citando o lance do jogo em que a Alemanha venceu a Inglaterra por 4 a 1, e os ingleses tiveram um gol legal do meio-campista não validado. 

APROVAÇÃO DO SPRAY

"Quando eu falei de spray, tiraram sarros, falaram 'o que é isso?' E agora está aceito. E é muito bom. Os jogadores respeitam. Para a falta, o juiz consegue manter uma distância verdadeira. E a bola está sempre movendo. Agora, os jogadores terão de manter a distância". 

CRÍTICA AOS ITALIANOS

"O espírito de ataque, todos times querendo fazer o mesmo é muito bom. Eles sabem que se eles são os melhores no ranking da Fifa, eles têm de ir para marcar o gol. Se esperar e esperar você perde. Veja o que aconteceu aos times europeus, como foi com os italianos. Esperaram, esperaram e saíram". 

PUNIÇÃO A JOGADORES APÓS O JOGO

"Eu estou lutando pelo fair play dentro e fora do gramado. Mas, especialmente, dentro. Agora, para discutir a decisão que foi tomada por sete juízes, não cabe a mim comentar. Mas, claro, eles levaram consideração o histórico desse jogador que já tinha sido punido pelo mesmo problema. Não posso dizer se é muito ou pouco. O que posso dizer é que é uma organização independente da Fifa".

ACEITAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

"Eu disse que depois do chute inicial o futebol iria tomar conta deste país. E agora eles perceberam que depois de 48 partidas das 64, 16 times deixaram a competição. Então, o "povo brasileiro" (falando a expressão em português) está agora no jogo e eles estão mais no jogo do que nas ruas em protestos. Estão mais nas Fans Fests. E isso é muito bom. A aceitação desta Copa do Mundo vai continuar, porque as próximas partidas vão ser boas, duras, com um excelente nível de futebol.

"Eu não sou o único que está impressionado. Mas o que mudou em relação as últimas copas é que todo mundo quer ganhar e não não perder. As últimas partidas da terceira rodada tiveram muita tática para manter o resultado e também vários jogos foram conquistados nos últimos minutos. É emocionante, é apaixonante. Você perde a partida nos acréscimos, como foi com a Costa do Marfim, eles estavam dentro e depois fora com um pênalti nos acréscimos. Esse é o drama de futebol!"

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