'Diabos' belgas e 'fumanchus' sul-coreanos tomam conta do Itaquerão
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
Diabos vermelhos belgas conviviam calmamente com mandarins e fumanchus sul-coreanos na estação Corinthians-Itaquera do metrô, antes do jogo. Os belgas é que forçavam a convivência. Buscavam parceiros para fotos e, quando solicitados por brasileiros, atendiam educadamente.
Corriam de um lado para outro, gritando muito, nada organizado. "Até que na Bélgica a gente é mais sossegado, mas estamos no Brasil e é preciso se adaptar. O povo de vocês é muito legal", dizia Vincent, com chifre e cara vermelha.
Os coreanos também andavam de um lado para outro, mas de maneira mais organizada. A impressão é de que há um responsável pela bagunça pouca.
"Parecem crianças, não ficam juntos de jeito nenhum", disse Park Oh, residente na Liberdade e 'chefe' de vários amigos coreanos, todos muito pintados e com tambores enormes. Devem ser remanescentes da "onda vermelha" que tomou Seul em 2002, quando a Coreia chegou à semifinal.
Belgas e coreanos eram igualmente assediados por venezuelanos que tiravam fotos com a mesma ansiedade que procuravam ingressos. '"Somos mais de 40 e ninguém tem ingresso. A gente curte a festa. Vai no estádio, vê jogo na televisão, brinca e aproveita do melhor jeito porque nossa seleção não veio", diz Lazaro Alvares.
E sonham, é lógico. "Vamos para a Russia em 2018. Agora, temos técnico novo, Noel Chita Sanvicente e já estou guardando dinheiro", diz Julio Cesar Alarcon.