Palco de quatro jogos da Copa de 2014, a Arena Pantanal, em Cuiabá, será gerida pela Fifa até o dia 30 de junho. Antes de o período da entidade no estádio acabar, contudo, a operação pós-evento já foi iniciada. A Secopa-MT começou a desmontar estruturas complementares e vai estruturar a partir da próxima quinta-feira o projeto de licitação do aparato.

"O estádio está com a Fifa até o dia 30 de junho, mas as estruturas complementares não são consideradas itens da Fifa. Por isso, já começamos a desmontar", confirmou Maurício Guimarães, secretário responsável pela Secopa-MT (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo no Mato Grosso).

As estruturas complementares da Arena Pantanal foram alvo de uma decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso no dia 19 de junho. Naquela data, a desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho identificou indícios de irregularidades na licitação e suspendeu o contrato de R$ 36,2 milhões referente a essses itens.

A decisão ratificou liminar que a LS – Locações, serviços e eventos havia obtido. A desembargadora sentenciou ainda que a empresa deveria ser habilitada a executar os serviços designados em contrato para assegurar a continuidade dos projetos da Secopa-MT e da Copa do Mundo.

Na segunda-feira, Maurício Guimarães teve audiência com o TJ-MT. "Isso já foi equacionado", contou o secretário, que não entrou em detalhes.

A retirada das estruturas complementares vai alterar drasticamente a capacidade da Arena Pantanal. O estádio vendeu 41.112 ingressos para cada jogo da Copa do Mundo, mas deve comportar apenas 20 mil pessoas depois do evento.

É esse contingente que será colocado em edital de licitação para terceirização do aparato. A concorrência começará a ser estruturada na próxima quinta-feira e ainda não tem data para acontecer – anteriormente, a Secopa-MT e o Governo do Mato Grosso falavam em outubro.

"O processo de concessão da Arena Pantanal ainda não foi feito porque precisávamos dos eventos-teste e da Copa do Mundo para entender mais sobre o estádio. Só assim pudemos ter uma noção mais clara sobre os custos da operação. Vários grupos já manifestaram interesse, e essa concorrência vai ter disputa", disse Maurício Guimarães.

"A terceirização de arenas é uma tendência em todo o mundo. Nós estudamos muito e vamos fazer todo esse processo com calma", completou Sinval Barbosa, governador do Mato Grosso.