Se você viu, comemore, porque esses caras não voltam para 2018

Do UOL, em São Paulo

Quem viu, viu. A terça-feira aumentou a lista de despedidas para diversos craques da Copa do Mundo. E desta vez nada de "voltamos em quatro anos". O Mundial de 2014 marcou a última oportunidade de ao menos nove principais nomes da modalidade disputarem a competição. Pior do que isso, todos foram eliminados na primeira fase.

A derrota da Itália para o Uruguai, por 1 a 0, colocou um fim triste a participação de Andrea Pirlo e Gianluigi Buffon em Copas. Campeões do mundo em 2006, ambos até demonstraram um bom futebol, mas não foi o suficiente para levar os italianos adiante na competição. Aos 35 anos, o volante da Juventus, que já havia declarado que se aposentaria da seleção após a participação no torneio, deixa a "Azzurra" com dois fracassos seguidos e sem avançar às oitavas de final.

Situação similar viveu o goleiro Buffon. Vestindo a camisa italiana desde 1993, ainda nas categorias de base, o arqueiro de 36 anos até foi eleito o melhor do jogo na derrota para o Uruguai, mas não conseguiu parar a cabeçada de Godin. Mesmo sem confirmar aposentadoria da equipe nacional, ele dificilmente estará na Rússia em 2018. Além disso, a possível última imagem que os italianos podem ter de seu número 1 é dele tentando pressionar a saída de bola adversária, completamente fora das traves que sempre defendeu. Tudo para adiar o adeus, mas foi em vão.

A terça-feira também marcou a despedida daqueles que durante mais de uma década foram os pilares do meio de campo inglês: Steven Gerrard e Frank Lampard. Sem vencer nenhum jogo no grupo C, a Inglaterra deixa a Copa com apenas um ponto, conquistado no empate sem gols contra a Costa Rica.

Ídolo incontestável no Liverpool, Gerrard chegou ao Brasil com a missão de liderar um time de jovens talentos em busca de uma boa participação, o que ficou longe de acontecer. Aos 34 anos, ele despista sobre o futuro com a camisa do "English Team", mas deve se dedicar exclusivamente ao seu clube durante o resto da carreira.

A despedida de Lampard das Copas é ainda mais complicada. O meia, que deixou o Chelsea recentemente para atuar no futebol dos Estados Unidos, está com 36 anos e deixa o Brasil como um reserva pouco utilizado pelo técnico Roy Hodgson.

Laurence Griffiths/Getty Images

Foi por pouco

De forma menos "vexatória", mas ainda assim decepcionante, Didier Drogba provavelmente jogou sua última partida com pela Costa do Marfim em solo brasileiro. Aos 36 anos, o atacante viu sua seleção ser derrotada e eliminada praticamente no último lance, quando Samaras marcou de pênalti e confirmou a vitória da Grécia por 2 a 1.

Drogba até começou bem a competição ao sair do banco e ser fundamental para a virada dos marfinenses sobre o Japão. Porém, ele não foi capaz de ajudar o time a evitar as duas derrotas que vieram em seguida e eliminaram a seleção africana.  

EFE/Felipe Trueba

Adeus das lendas

A primeira fase marcou o fim para três dos maiores jogadores da história da Espanha. Após o desempenho vexatório no grupo B, Xavi, Iker Casillas e David Villa não devem mais defender a Roja e certamente não estarão no elenco que vai tentar reerguer a equipe na Copa da Rússia. 

REUTERS/Darren Staples

Sem talismã

Talismã durante anos, Tim Cahill é mais um nome que nunca mais vai jogar uma partida de Copa do Mundo. O australiano está com 34 anos e dificilmente será convocado pela seleção. Ao menos, o atacante se despede dos mundiais com a memória de um golaço, marcado contra a Holanda, na derrota por 3 a 2.  

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