David Luiz: Dar show não deixaria o Brasil pronto para dificuldades da Copa

Paulo Passos

Do UOL, em Teresópolis (RJ)

O grupo da Espanha e seus jogos surpreendentes viraram uma lição para o Brasil, principalmente após a eliminação da seleção campeã da Copa de 2010. Para o zagueiro David Luiz, a performance do badalado time, com duas derrotas em dois jogos, e a força dos rivais Holanda, México e Chile mostra que o jogo contra Camarões, na próxima segunda-feira, tem de ser encarado com seriedade. E mais, que dar espetáculo na primeira fase não deixaria o time pronto para as dificuldades que serão enfrentadas nas finais.

"É claro que eu queria tivéssemos feito grandes jogos, que todos estivessem elogiando a seleção pelos espetáculos. Mas, de repente, se isso tivesse acontecido, não teríamos tido a oportunidade de enxergar o valor real de uma Copa do Mundo. Vai ser sempre assim, difícil, com muita luta. Você tem de saber sofrer. Em um jogo, você vai lutar por 80 minutos e só comemorar no final", disse ele.

"Contra a Croácia,fiquei feliz pela reação que mostramos. A equipe seguiu coesa, esperou o momento certo de esperar o momento para virar. Vimos uma equipe madura, consciente de que haviam inúmeros minutos para vencer. Contra o México, encaramos um time em um nível muito alto, que nos deu a consciência do que vai ser a Copa daqui pra frente. Isso foi muito positivo Quando você ganha de 3 a 0, não pega dificuldade, chega uma hora que leva 1 a 0 e vai embora para casa", adicionou.

David Luiz explicou que o grupo da Espanha não era visto como dos mais difíceis e que a Austrália seria um saco de pancada – como Camarões foi quando foi goleado contra a Croácia. Mas a seleção da Oceania surpreendeu quando fez frente aos holandeses no jogo seguinte à goleada sobre os espanhóis. No caso de Camarões, algo que ele atenta é o fato de o time africano poder sair da Copa com um dos maiores prêmios possíveis: eliminar os anfitriões.

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"Quando se compara Copa das Confederações e Copa do Mundo, não é a mesma coisa. Todos se prepararam muito para a Copa. Você vê a atual campeã mundial saindo na primeira fase. Vê equipes em que ninguém apostava com grande padrão de jogo. Vê a Austrália, um time de quem ninguém falava, quase ganhando da Holanda, e de uma Holanda que veio logo depois de golear a Espanha. Você tem de saber sofrer e entender o jogo. Mas continuar com a mesma ambição. Quem não tem não vai a lugar nenhum", disse ele.

"Temos agora uma equipe que vem sem responsabilidade, mas com orgulho de representar uma pátria, especialmente contra o Brasil. Com vontade de mostrar que reagiram depois dos dois jogos. Agora eles vêm com orgulho ferido, com vontade de ganhar de um Brasil – o  que seria um título para eles. Temos a consciência de que vamos enfrentar um time aguerrido, com vontade, mas temos nossa responsabilidade e nossos objetivos, que é passar em primeiro no grupo", concluiu.

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