Polícia abre inquérito e reforça segurança após atentado com fogo em metrôs

Carlos Madeiro

Do UOL, em Recife

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A Polícia Civil de Pernambuco abriu inquérito para investigar o atentado, na noite deste sábado (14), que paralisou por 15 minutos a circulação do metrô nas proximidades da estação próxima à Arena Pernambuco, pouco menos de duas horas antes da partida entre Costa do Marfim e Japão.

A Polícia Militar também informou que reforçar a segurança no local para evitar novos casos.

Em entrevista coletiva neste domingo (15), a Secretaria de Estado de Defesa Social informou que, às 20h10, homens invadiram área restrita à circulação dos trens, colocaram dois pneus nos trilhos e atearam fogo. Não há ainda suspeitos do atentado.

"A polícia age logicamente sob demanda. Temos 700 policiais de inteligência atuando na Copa do Mundo, e quando ocorre uma situação dessas, nós reforçamos a segurança alguns pontos", disse o coordenador de Controle e Comando Regional da Secretaria de Defesa Social, Alexandre Lucena.

Para ele, não há ainda qualquer explicação sobre o que teria motivado o atentado. "Foi um ato de vandalismo. Não sabemos a motivação dessas pessoas. Elas não estavam protestando, a princípio não queriam roubar, só sabotar mesmo", afirmou.

Lucena também reconheceu que há dificuldade em controlar a entrada de pessoas na parte do trilho do metrô e que há uma passagem aberta na região onde houve o atentado.

"O metrô passa por locais habitados e inabitados. Apesar de ser um local perto da Arena, ali é inabitado, mas existe uma abertura para passagem de animais, que não se permite fechar", explicou.

Segundo a direção do metrô do Recife, por ser à noite, não houve relato de maquinistas sobre quem teria ateado fogo. A CBTU (Companha Brasileira de Trens Urbanos) informou que ocorrências não são comuns.

"Os trens tem cinco minutos de intervalo. Os próprios maquinistas comunicam, mas evidentemente existem dificuldades de visualizar essas atitudes. Não é um ocorrência fortuita de incêndio. O metrô do Recife tem 70 km, dos quais 40 km são eletrificados. Além de praticar o vandalismo, ele cometeu um atentado a si próprio, pois ele poderia falecer ao transitar nessa linha", pontuou.

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