Passes certeiros dos italianos viram arma contra o calor de Manaus
Do UOL, em São Paulo
A Itália venceu a Inglaterra em um jogo duro, largou bem na Copa do Mundo, mas saiu de campo reclamando do "calor infernal" de Manaus. Apesar das condições adversas, o time impressionou em um fundamento: o passe.
De acordo com um levantamento feito pelo jornal britânico Daily Mail, a seleção italiana acertou impressionantes 93,2% do total dos passes durante um jogo, o melhor aproveitamento desde 1966. E o passador mais eficiente foi o experiente Pirlo, que comandou o time no meio campo e teve êxito em 95,4% dos seus passes. No total, ele acertou 103 das 108 tentativas.
A Itália errou apenas 41 toques durante os 90 minutos, num total de 602. O fundamento apurado ajudou o time a ter mais posse de bola e a fazer o adversário correr no calor de Manaus, o que foi importante para a manutenção do resultado positivo.
O escaute oficial da Fifa dá um percentual um pouco diferente, mas tão bom quanto. Por exemplo, Pirlo teria 92% de acerto num total de 112 passes. De Rossi seria o melhor, com 95% em 111 toques. No total, o time teria acertado 89%.
Mesmo assim, ao final do duelo, os italianos saíram insatisfeito por causa dos termômetros da Arena Amazônia: "O clima é infernal. Calor demais para jogar futebol, mas conseguimos vencer. Quando você ganha está sempre tudo bem", analisou Pirlo em entrevista ao SporTv.".
O seu companheiro Marchisio foi ainda mais além. O jogador disse que chegou a ter alucinações: "O importante era ter um bom começo, principalmente em um dia em que jogar futebol era complicado. Às vezes parecia que o calor dava alucinações", afirmou.