Sem esconder que estão aproveitando a visibilidade da Copa do Mundo no Amazonas, os policiais civis do estado anunciaram greve para a próxima sexta-feira, um dia antes do jogo entre Inglaterra e Itália. "É um momento propício para reivindicar. Cada um usa as armas que tem", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Moacir Maia.

Ele disse que somente 30% do efetivo vai trabalhar no dia e declarou que a possibilidade de uma onda de violência, como a ocorrida em Pernambuco durante a paralisação da Polícia Militar no mês passado, é problema do Governo do estado. Mas Moacir prometeu um movimento pacífico e ressaltou que os os grevistas deixarão as armas em casa para evitar confusão.

O delegado-geral Josué Rocha classificou a atitude de oportunista. Ele falou que a legislação eleitoral proíbe aumento salarial por isso não é permitido atender a reivindicação de investigadores e escrivães que pedem o mesmo salário de peritos.

Rocha acrescentou que existe um plano de emergência em caso de paralisação que consiste em receber apoio da Polícia Militar para qualquer tarefa. Acrescentou que os agentes que fazem trabalho administrativo vão para rua e pode haver reforço de delegacias do interior.

Se nada resolver a Força Nacional de Segurança Pública será convocada. O delegado-geral não espera um surto de criminalidade como o verificado em Pernambuco e aposta que se houver greve a adesão será baixa.