A cidade de Fortaleza pode ter greve de motoristas de ônibus na próxima segunda-feira (16), véspera da partida da seleção brasileira contra o México no Castelão pela Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) decretou a paralisação.

Segundo o Sindicato das Empresas das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus), a decisão foi tomada em uma assembleia realizada nesta tarde, mas ainda não houve o comunicado oficial, o que precisa ser feito até 72 horas antes da paralisação.

É o segundo caso envolvendo paralisação nos transportes durante a Copa. Em São Paulo, os metroviários ainda estão em negociação para uma possível greve do Metrô nesta quinta-feira, o que dificultaria o acesso ao Itaquerão, palco de estreia do Brasil no Mundial, contra a Croácia, às 17h.

Confira na íntegra a nota do Sindiônibus sobre a possível paralisação dos ônibus na capital cearense:

"Tendo em vista a decretação de greve por parte do Sintro, o Sindiônibus vem a público condenar a atitude oportunista desse sindicato, filiado ao CONLUTAS/PSTU, que protelou as negociações para promover uma paralisação durante a Copa do Mundo. Prova disso é que, mesmo com as negociações encerradas, o Sindiônibus solicitou mais um encontro, o sétimo, apelando ao Sintro por uma proposta verdadeira.  Mas o Sintro se manteve intransigente e comprovou que seu objetivo era impor à categoria e à cidade um sofrimento desnecessário.

Propusemos um pacto por Fortaleza que previa não haver paralisações no período da copa para podermos continuar negociando. O Sintro não aceitou.

Não restou ao Sindiônibus outra opção senão a de encerrar para poder propor a instauração de um dissídio coletivo na justiça.
O Sindiônibus também solicitou à Justiça a definição de um percentual mínimo de frota caso se realize a greve.

Para evitar o que ocorreu em São Paulo, onde todos saíram perdendo, renovamos o nosso apelo ao Sintro por uma proposta que atenda às necessidades do trabalhador e que seja suportável pelas empresas. Assim, não precisaremos passar por essa greve desnecessária.'