A rotina de reclusão da seleção italiana foi quebrada na manhã desta quarta-feira (11) com o encontro do ex-jogador Juninho Pernambucano com o meia Pirlo, principal nome da Azzurra. A visita ocorreu depois que Juninho soube da homenagem prestada por Pirlo em sua biografia, recém-lançada, "Penso Quindi Gioco".

"Sou um pouco brasileiro, Pirlinho", escreve o meia italiano no livro, para depois confessar que aprendeu a bater falta observando o ex-jogador do Vasco. "Juninho não errava nunca. Usava movimentos não convencionais ao bater na bola. Decidi estudar. Colecionei vídeos, DVDs e fotos. Com o tempo, entendi", diz.

"Tentei imitá-lo, inicialmente, sem sucesso. Foram semanas. Até que tive a iluminação. Juninho não batia com todo o pé, mas só com três dedos", completa. "Quando bato uma falta, penso em português e comemoro em italiano". 

O ex-jogador observa que hoje há menos bons cobradores de falta do que no passado. "A seleção brasileira, por exemplo, só tem Neymar. Diminuiu a qualidade técnica dos jogadores", diz. Ele diz que, além de muito treinamento, o segredo do cobrador de faltas é a concentração. "No treino, você bate dezenas de vezes. Na hora do jogo, só tem uma oportunidade".