Em comunicado em rede nacional nesta terça-feira (10), a presidente Dilma Rousseff disse que é um falso dilema a crítica de que os valores investidos na Copa do Mundo deveriam ir para a saúde e educação.

"Minhas amigas e meus amigos, tem gente que alega que os recursos da Copa deveriam ser aplicados na saúde e na educação. Escuto e respeito essas opiniões, mas não concordo com elas. Trata-se de um falso dilema", disse.

Segundo a presidente, entre 2010, quando começaram as obras nos estádios, e 2013, o governo federal, os estados e municípios investiram 1,7 trilhão de reais em educação e saúde.

"O valor investido em educação e saúde é 212 vezes maior que o investido em estádios", afirmou a presidente, lembrando que com estádios foram gastos 8 bilhões de reais.

Também falou do legado das obras da Copa. "Os novos aeroportos não eram necessários apenas para receber os turistas na Copa", explicou, ao dizer que nos últimos anos o movimento na aviação mais que triplicou. "O número de passageiros mais que triplicou nos últimos dez anos. De 33 milhões em 2003, saltamos para 113 milhões de passageiros no ano passado e devemos chegar a 200 milhões em 2020", falou a presidente. 

Dilma falou ainda das obras em telecomunicações nas doze sedes da Copa do Mundo. "Estamos entregando também um moderno sistema de transmissão, que reúne o que há de mais avançado em tecnologia, incluindo redes de fibra de ótica e equipamentos de última geração em todas as 12 sedes", disse.

A presidente falou que a prioridade das obras não era simplesmente a Copa. "Fizemos isso em primeiro lugar para os brasileiros.Tenho repetido que os aeroportos, os metrôs, os BRTs e os estádios não voltarão na mala dos turistas, Ficarão aqui, beneficiando a todos nós. Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda a vida", completou.

Para defender os gastos com o Mundial, Dilma ainda falou no dinheiro que entra no país. "A Copa não representa apenas gastos, ela traz também receitas para o país; É fator de desenvolvimento econômico e social, gera negócios, injeta bilhões de reais na economia, cria empregos", disse. 

Embora não seja responsável direta por fiscalizar as contas, a presidente prometeu rigidez. "As contas da Copa estão sendo analisadas minuciosamente pelos órgãos de fiscalização. Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com máximo rigor", falou.