Desde a noite desta terça-feira, dirigentes e membros do Comitê Executivo da Fifa têm chegado ao luxuoso hotel na Zona Sul de São Paulo onde ficarão hospedados. Apesar do local já contar com um estafe de segurança considerável, a partir da noite desta quarta ele tem um reforço: o Exército.

Após o anoitecer, um efetivo de cerca de 10 homens da polícia do Exército se posicionou ao redor do hotel para cuidar da segurança dos cartolas. Enquanto isso, funcionários responsáveis pela organização dos dois eventos que ocorrerão no local nos próximos dias – reunião do Comitê Executivo, nos dias 7 e 8, e Congresso da Fifa, nos dias 10 e 11 – partiam em carros pretos, com adesivos personalizados, disponíveis em grande quantidade.

Foi nesta quarta que chegaram ao hotel o presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter,  e o presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona. No local também estão membros do Comitê Executivo, a maioria de asiáticos e africanos. Nesta quinta, uma nova leva deve chegar, composta principalmente por membros europeus, como o presidente da Uefa, Michel Platini.

Durante toda a tarde, os dirigentes passaram apressados pelo saguão do hotel e mostraram pouca disposição para falar com a imprensa. Dentre eles, estava o Marfinense Jacques Anouma, um dos apontados pela imprensa britânica como receptores de propina para a eleição do Qatar como sede da Copa em 2022.

Anouma deixou o local a pé e retornou em duas ocasiões. A maioria dos cartolas que chegavam iam diretamente para o elevador, para não mais voltar.