Parreira diz que Brasil é favorito na Copa. E por causa da zaga

Paulo Passos e Ricardo Perrone

Do UOL, em Teresópolis (RJ)

O favoritismo do Brasil na Copa foi o principal assunto da primeira entrevista coletiva da seleção na fase de preparação para o Mundial de 2014. Questionados seguidas vezes sobre o tema nesta segunda-feira, em Teresópolis, o coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira e o auxiliar-técnico Flavio Murtosa repetiram tom que já havia sido adotado pelo treinador Luiz Felipe Scolari e disseram que a equipe nacional tem obrigação de brigar pelo título. As razões para isso, segundo eles, começam na defesa.

"Se nós disséssemos que não tínhamos confiança de ganhar a Copa em casa, que repercussão teria isso? Como comandantes, confiamos nos jogadores. É só olhar o time que nós temos. Temos a zaga mais cara do mundo. Temos jogadores experientes, com qualidade, respeitados no futebol internacional, jogando em casa. Somos favoritos, sim. Não temos obrigação de ganhar, mas somos favoritos", analisou Parreira.

Depois, porém, o treinador fez uma ressalva sobre o status: "Outros favoritos fracassaram. Lembro da Copa de 2002, quando fizeram uma pesquisa: 90% da mídia achava que Argentina e França eram favoritas para ganhar a Copa, mas Argentina e França não passaram da primeira fase".

O tom da resposta de Parreira permeou quase toda a entrevista coletiva. De um lado, o coordenador e Murtosa defendiam o status da seleção brasileira. No entanto, os dois também combatiam os excessos em torno do time.

O exemplo usado por ambos foi a seleção brasileira da Copa do Mundo de 1950. Jogando em casa, o time dirigido por Flavio Costa perdeu para o Uruguai na fase final e ficou sem o título.

"Nós conversamos entre nós: o fato que o Brasil era favorito, era a melhor seleção, mas por causa do já ganhou acabou perdendo. O grande mal daquela copa foi o já ganhou, e isso esse grupo não tem. Sabemos que vai ser uma Copa difícil, mas que temos condições de atingir o objetivo, que é vencer", disse Murtosa.

Parreira também enalteceu o perfil do atual grupo da seleção brasileira: "Às vezes me perguntam o que você aprendeu com seis ou sete Copas do Mundo. A primeira coisa é ganhar fora do campo, e isso não é fácil. Quando a gente consegue ganhar fora de campo, coloca uma mão na taça. E nós já estamos com uma mão na taça".

O Brasil começou nesta segunda-feira a preparação para a Copa do Mundo de 2014. O time da casa estreia na competição no dia 12 de junho, contra a Croácia, em São Paulo.

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