A responsabilidade de Neymar em sua primeira Copa do Mundo é maior e não pode ser comparada com a de Pelé em sua estreia em mundiais na Suécia em 1958. A opinião é do próprio rei do futebol, que justificou dizendo que a sua ida para a Suécia foi mais como uma opção, enquanto Neymar carrega todas as esperanças da torcida por ser o principal nome da seleção. "Quando eu fui não era o responsável, caí de paraquedas. Tinha grandes jogadores: Gilmar, Nílton Santos, Didi e Zagalo".

De acordo com Pelé, é um peso muito grande para cima do jogador do Barcelona. Ele acrescentou que não é possível ganhar com apenas uma estrela porque é preciso ter um bom conjunto. Ele revelou que conversou com Carlos Alberto Parreira sobre as dificuldades da seleção do meio para frente: "Tem o Fred, que esperamos que seja o goleador. O Hulk é um jogador de força, mas precisa ter jogador para lançar pra ele", disse.

Se o ataque preocupa, a seleção nunca chegou com um sistema defensivo tão forte. "É a primeira vez na história das Copas que o Brasil vai com um time que tem a defesa maravilhosa. Do meio campo para trás o time está organizado", opinou.

Pelé ainda falou de Paulo Henrique Ganso e lembrou que a esperança do Santos era do atleta alcançar um nível semelhante ao de Gérson ou Rivelino. Para ele, as contusões sofridas pelo meia, que o obrigaram a ficar longos períodos fora dos gramados, foram responsáveis para que o sonho não tenha se realizado. "O que atrapalhou o Ganso foram essas contusões e ele teve de parar. Nós sabemos que até hoje ele sente, porque futebol ele tem."

Por último, Pelé ainda defendeu a convocação que Robinho, que na avaliação dele tem condições de estar no grupo. Ressaltou que deixar Kaká fora privou a seleção de um jogador com experiência internacional.