Dia de protestos contra a Copa do Mundo terá teatro e ação no exterior

Vagner Magalhães

Do UOL, em São Paulo

  • Reinaldo Canato/UOL

    Desde o ano passado, os protestos contra a Copa se espalharam pelo Brasil

    Desde o ano passado, os protestos contra a Copa se espalharam pelo Brasil

O Comitê Popular da Copa SP, que agrega movimentos sociais, organizações, coletivos e indivíduos - centrados na denúncia contra as violações de direitos humanos e à repressão ao direito de manifestação - pretende reunir nesta quinta-feira, na avenida Paulista, milhares de pessoas em um ato contra a Copa do Mundo no Brasil. O dia 15 de maio foi batizado como "Dia Internacional de Lutas contra a Copa". Em São Paulo, o ato está marcados para as 17h, na praça do Ciclista, esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação. Em caminhada, o grupo deverá encerrar o ato em frente ao estádio do Pacaembu, na praça Charles Miller.

Eventos simultâneos estão previstos para Brasília, Porto Alegre, Salvador, Vitória, Cuiabá, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Belém, São Carlos, Sorocaba e Campinas. No exterior, cidades como Santiago, Buenos Aires, Barcelona, Bogotá, Paris, Londres e Berlim também estão previstos protestos.
 
Batizado de "Copa sem povo: tô na rua de novo!", a manifestação terá como principal pauta a "liberdade de manifestação". "É com ela que nós vamos exigir os demais direitos. Esse é um direito básico, pilar da democracia", explica Juliana Machado, que integra o Comitê Popular da Copa.
 
Ela afirma que durante o trajeto serão feitas duas intervenções teatrais, uma delas lembrando os operários mortos durante a construção dos estádios para a Copa do Mundo no Brasil.
 
"Faremos um protesto pacífico. Queremos colocar a pauta dos direitos na rua, para que seja possível ganhar corpo até a realização da Copa do Mundo. O que irá acontecer nesta quinta-feira será uma forma de a gente avaliar como serão os próximos protestos".
 
Segundo ela, a um mês da abertura da Copa do Mundo no Itaquerão, zona leste da capital paulista, o evento não tem possibilidade de deixar um legado. "Se vai ter ou não ter Copa, não é esta a questão. O que nós queremos é a garantia dos direitos que têm sido violados durante esse processo de realização da Copa no Brasil. Antes, durante e depois queremos ter garantidos os direitos à manifestação, à morada digna, ao trabalho ambulante.
 
Segundo ela, a escolha da finalização do ato no estádio do Pacaembu é simbólica. "Se a Copa fosse pública e popular, seria disputada em um estádio público e que está pronto". Para o próximo dia 24 de maio está marcado para a Praça da Sé o 7º ato "Não vai ter Copa". Parte dos manifestantes pretende acampar no local desde a noite anterior.
 

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