Valcke alerta torcedores na Copa: "Não achem que o Brasil é a Alemanha"

Das agências internacionais

Em Zurique (Suíça)

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, afirmou, nesta sexta-feira, que as pessoas que vierem ao Brasil para assistir à Copa do Mundo deverão tomar cuidado para evitar alguns programas perigosos. Ele fez um alerta e pediu para que todos entendam que o Brasil não é como a Alemanha (país sede do torneio em 2006) e que os torcedores deverão sofrer com a falta de estrutura do país.

"O maior desafio será para eles [torcedores]. Não será para a imprensa, para os times ou para os oficiais e dirigentes. Será para os torcedores", disse Valcke em entrevista coletiva em Zurique, na Suíça.

Depois, ele pontuou uma série de medidas e aconselhou os viajantes a tomar cuidado com alguns costumes que podem ser comuns na Europa, mas que no Brasil podem ser perigosos.

"Eu sei que é difícil falar sem criar uma série de problemas, mas a minha mensagem para os fãs seria apenas para que se certifiquem de que você está com tudo organizado e planejado quando vier para o Brasil", falou.

"Você não vai poder dormir na praia, primeiramente porque é inverno... Planeje a sua hospedagem, você não pode simplesmente chegar com uma mochila e sair andando a pé. Não existem trens e você não conseguirá dirigir de um lugar para outro", continuou.

"Não ache que lá é a Alemanha, onde é fácil se locomover por todo o país. Na Alemanha, você também pode dormir em seu carro, mas aqui no Brasil você não pode fazer isso", alertou, citando a falta de segurança nas cidades brasileiras.

A Copa do Mundo começa no dia 12 de junho, mas muitos estrangeiros já estão chegando ao Brasil para o torneio. O país sofre com uma série de atrasos nas obras dos estádios e também de infraestrutura nas cidades-sede.

FIFA SÓ ACEITOU 12 CIDADES-SEDE PORQUE PRESIDENTE LULA PEDIU

Valcke disse que a Fifa só concordou em fazer um mundial com tantas sedes porque Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente do país, os convenceu de que daria certo.

"É verdade que você multiplica os riscos ao ter mais estádios. Mas nos deparamos com uma situação na qual você tem um governo e um presidente explicando para você que a Copa do Mundo deveria ser para todo o Brasil, e não para um número limitado de cidades", explicou.

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